Opinião

Oitenta e Cinco

Nem tudo foi mau estes últimos dias. Da Europa vieram boas notícias.

Os Açores e as Regiões Ultraperiféricas, nos últimos tempos viram-se confrontados com uma proposta do Conselho Europeu para uma redução da taxa de cofinanciamento dos investimentos públicos nos Açores de 85% para 70%. Ou seja, os Açores passariam a assumir do seu orçamento regional 30% de todos os investimentos financiados pela Europa. Seria o dobro do esforço que tivemos até aqui.

Iria ter repercussões terríveis no nosso investimento público, fosse no cofinanciado, fosse no investimento público inteiramente assumido pela Região. O bolo nunca mais seria dividido da mesma forma e seria natural que algum investimento ficasse sem a sua fatia.

Desta forma não, desta forma não haverá desculpas para travar investimentos nos próximos anos. O trabalho realizado pelo anterior Governo Regional do PS Açores, nesta área, foi um bom trabalho que trará resultados positivos nos próximos anos.

Igual boa notícia foi a prorrogação das atuais regras da Política Agrícola Comum garantindo os mesmos apoios aos nossos agricultores até ao final de 2022. Num momento de revisão desta política que vigorará até 2027 era crucial, nesta fase de transição, a manutenção destes apoios a uma Região como a nossa que tem na agricultura e nos agricultores um dos pilares mais fortes da sua economia.

Claramente, vários fatores contribuíram para estas conquistas.

Destaco o empenho que o anterior Governo Regional teve em garantir que, perante uma situação de crise mundial, os Açores não sairiam prejudicados. E destaco ainda a influência açoriana conquistada na Europa, consequência da boa gestão que os Açores têm apresentado dos fundos europeus.

Há aqui claramente uma boa herança dos anteriores Governos Regionais que deixarão o atual sem desculpas para não continuar um modelo de desenvolvimento que bons frutos têm trazido à Região.