Não será o aspeto mais relevante para a Ilha Terceira da proposta do Plano Regional anual para o ano de 2026, pois é muito mais significativo o facto de não haver um euro inscrito para a requalificação da Escola Básica e Integrada dos Biscoitos ou a reduzida dotação prevista para o arranjo das Estradas Regionais que fazem prever que continue a acelerada degradação dos trechos que ligam a Silveira ao Negrito ou as Lajes à Vila Nova, no entanto, a ação 5.9.26 - "Construção da estátua de Brianda Pereira", com uma dotação de 15.000€, é todo um monumento metafórico ao desnorte que tem sido o Investimento Público do Governo Regional na ilha Terceira ao longo dos últimos 5 anos.
Mas interpretemos a estátua a Ângela, perdão, Brianda Pereira, esse arquétipo da heroína da portugalidade, no linguajar do Estado Novo, tendo em consideração que no Plano para 2023 este mesmo Governo Regional da Coligação inscreveu 150.000€ destinados à construção de um Centro Interpretativo da Batalha da Salga, que não executou, pelo que em 2024 repetiu a façanha inscrevendo 50.000€, que também não executou, para não repetir a vergonha no plano de 2025, fizeram desaparecer o Centro Interpretativo, agora, a memória da Batalha da Salga ressurge sobre a forma de estátua, ou seja, em 3 anos, passamos de um investimento de 150.000€ para 15.000€, sem que nada tenha sido feito.
Por este andar no plano de 2027 a estátua passará a um busto da Brianda Pereira e no ano seguinte a placa para ser colocar à porta da casa com a inscrição: "Aqui viveu Brianda Pereira".
O que vale aos Angrenses é que o município Cresce e Avança independentemente do investimento que o Governo Regional cá faz, por isso, é irrelevante que na Salga façam um centro interpretativo, uma estátua, um busto ou uma placa, até porque, em 5 anos, o que fizeram foi coisa nenhuma.