Opinião

Contra-análise

Vinha eu praguejando as manobras subterrâneas da nossa EDA, entre Portões e Silveira (e ainda dizem que ela não investe!), que entartarugam velocidades à porta do Centro Cultural, quando me lembrei de ensaiar um balanço sentimental dos tempos de confinamento. Recorrendo aos meus “rabiscos” (estes!). “(…) Optar, a cada momento, suportados nos saberes, a justa harmonização entre o isolamento e as suas consequências na logística e na economia, cuja total paralisação seria suicidária (…)”. “É bem verdade que a diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. E em impaciência de abril: “Plastifiquemo-nos, cidadãos! O confinamento é a nova dimensão da virtude”. Acrescentando alguns dias depois: “Entre o desprezo marialva pelo “bicho” e a histeria pregadora das beatas do “nojo médico” – sempre houve um caminho de lucidez preocupada e responsabilidade social”. Aos que reclamaram clausura total… “Já amanhã vão lamentar o “afundanço” do Turismo, como se há poucas semanas não tivessem declamado que a vida de qualquer açoriano valia mais do que toda a economia!”. E quando o nosso Parlamento se reinventou… “O primeiro Plenário on-line do parlamentarismo português merece sinalização, pois comprovou a maturidade da nossa autonomia parlamentar, a consolidação duma praxis intransigente e sem desculpas e a decisiva conformação democrática da sua maioria” Vem isto também a propósito das afirmações proferidas na semana que ora finda pelo Primeiro-Ministro António Costa, de que o “País não aguenta novo confinamento”. E tal significa, indubitavelmente, o quanto aprendemos, o que melhorámos na prevenção, facilitada pelo sucesso em controle epidémico que derivou do confinamento extremo - e da gestão possível duma realidade em que variáveis importantes continuam ingeríveis.