Opinião

Sair do conforto para prestar contas e projetar o futuro

Prestar contas e projetar o futuro exige a nobre e humilde capacidade de ouvir e ser ouvido. Sair dos gabinetes. Sair do sofá. A disponibilidade para admitir o que correu menos bem e para corrigir, apresentar resultados perante os compromissos aliada à capacidade de pensar para além do presente, são sinónimos de abertura e rejuvenescimento na política. Estas simples prerrogativas são fundamentais em democracia para termos um sistema político transparente, de escrutínio direto pelos cidadãos e potenciador da sua participação no futuro coletivo da sua cidade, região ou país O Partido Socialista há muito que assumiu o prestar contas como prática da sua ação. De sessões públicas anuais sobre o plano e orçamento, às sessões temáticas de esclarecimento, às visitas às freguesias e instituições e à informação escrita enviada aos cidadãos sobre os compromissos assumidos. Os Governos Socialistas nas visitas estatutárias às seis ilhas ou às visitas de trabalho a São Miguel, Terceira e Faial, disponibilizam-se para receber os cidadãos. Na visita de trabalho a decorrer em São Miguel de 21 a 23 de novembro, o Governo receberá cidadãos em Vila Franca do Campo e no Nordeste. Nunca, como nos dias de hoje, os eleitos e os Governantes prestaram contas aos cidadãos. Lançar espaços para projetar o futuro pode ser visto como um perigo para os "poderes instalados". Entendo precisamente o contrário. É imensamente gratificante ver que o Partido Socialista é o ponta de lança dos debates de futuro, como o movimento "Todos Contam", e onde os 23 anos de gestão do interesse público não castraram a abertura e a aceitação da crítica. Sair dos gabinetes é clara e visivelmente parte da gestão política para Servir os Açorianos, sempre sem prejuízo de se ambicionar mais, de reinventar a relação com os cidadãos e agir disruptivamente sobre os desafios. Sair do sofá, do comentário digital, é contribuir para a construção de uma sociedade que se quer comunitária e não entregue a si própria. Porventura, a dúvida é se há coragem para expressar opiniões cara a cara?