Opinião

Esta semana

Entre duas tormentas e já com um cheirinho a Natal que as luzinhas cintilantes nos fazem lembrar, enfrentamos mais uma semana típica de dezembro. Depois de resistir a uma forte tempestade que caiu sobre os Açores, com mais intensidade na costa sul de S. Miguel, os Açorianos afetados fizeram o que fazem sempre: arregaçaram as mangas e puseram mãos à obra para recuperar o que o mar lhes roubou. Enfim, recomeçaram de novo, como em tantas outras vezes. Perante este cenário de catástrofe foi positivo ver-se as autarquias, os bombeiros e a proteção civil num esforço conjunto, primeiro tentado acautelar e prevenir com a emissão de diversos avisos e depois com uma intervenção concertada que foi fundamental para proteger pessoas e bens. Na hora do primeiro balanço o resultado foi dramático: 157 incidentes, entre os quais 11 desalojados, 4 feridos, 1 deles com gravidade, e 1 lamentável e irreparável morte. Os prejuízos materiais são avultados, sobretudo em algumas habitações, estruturas portuárias e rede viária. Mas esta semana foi também marcada por decisões políticas importantes e que terão a ver com o futuro. Falo no anúncio da recuperação de rendimentos das famílias, com a reposição dos vencimentos dos funcionários públicos, a eliminação progressiva sobretaxa de IRS, o aumento do salário mínimo, as atualizações das pensões do regime geral e regime de proteção social, a reposição do complemento solidário para idosos e do rendimento social de inserção para valores de 2010 e a atualização dos 3 primeiros escalões do abono de família. Segundo o primeiro-ministro, 1,6 milhões de famílias verão a sua situação melhorada, com a redução da sobretaxa, mais de meio milhão de trabalhadores, com o amento do salário mínimo, 440 mil portugueses com a reposição dos mínimos sociais, mais de 1 milhão de crianças com o aumento do abono de família e 2 milhões de pensões, com a sua atualização. Foi também divulgada informação estatística que confirma que o PIB dos Açores, em 2014, retoma a trajetória de crescimento, registando uma evolução real mais alta de todas as regiões do país. Segundo essa informação estatística, em 2013 o rendimento disponível bruto per capita nos Açores era de 11.220 euros, superior à média nacional.