Opinião

Ideias-missão

Em ano eleitoral, ocorrem nervosismos e movimentações intra e interpartidários, acolitados por militantes e ou simpatizantes, que têm sempre pelo menos o legítimo objetivo de atingir o poder. Nos próximos meses, estes estados de espírito vão manifestar-se das mais variadas formas, dentro e fora dos redutos institucionais ou informativos. Porém, é fundamental que a “impaciência” não resvale para o “chinelo”. Não se trata de confundir ingenuidade política com seriedade, mas de reconhecer e distinguir cada uma destas características, na refrega dos processos eleitorais. A primeira responsabilidade destas posturas é da classe política e de todos quantos participam e se envolvem mais diretamente nos desígnios eleitorais. Já se percebe o recrudescimento da tensão política perante as eleições regionais de 2016. Na casa da Autonomia ou nos meios comunicacionais é preciso manter os níveis discursivo-comportamentais em patamares de dialéticas fortes, sem necessidade de atingir graus de “entropia política, que desmerecem e desacreditam as instituições. Nestes ambientes de peleja, espera-se que mais experiência e responsabilidade signifique, primeiramente, dar o exemplo. Na verdade, a autorregulação dos sistemas pelos seus elementos constitutivos é condição primeira para que eles se mantenham ou durem. Como disse Churchill, “vivemos com o que recebemos, mas marcamos a vida com o que damos”. A política açoriana e a nossa Autonomia enfrentam desafios coletivos que configuram uma reserva distintiva no todo nacional. Deste modo, os esforços de consenso inscrevem uma próxima revisão constitucional, as questões da gestão do nosso mar, o alargamento do perímetro das receitas fiscais que devem ser nossas, por exemplo, relativas a TODAS as empresas que estão sediadas nos Açores, as questões do ordenamento da orla costeira, um projeto educativo científico com tempo suficiente para ser amadurecido/avaliado e, em muitas outras “ideias-missão” que, obrigatoriamente, representam “ganhar sempre mais autonomia”. Se o conseguirmos, num clima com “água na fervura”, provavelmente evitaremos borregar na história cumprindo ideias-missão da Autonomia. PS: Mais-as boas notícias do PIB Açores/2014; Menos-os alarmistas do BANIF, com intenções esconsas e os que reduzem o sistema educativo aos rankings, sem cuidar de compreender os resultados das investigações sobre este tema…