Opinião

A decisão

Estamos a viver um período importante da nossa vida coletiva. A dificuldade dos tempos em que vivemos não nos deve toldar o discernimento de sabermos que há um dever de participação que nos assiste. Todos temos este dever, alguns preferem não o cumprir. É sempre mais fácil falar mal à mesa do café. Mas quando votamos estamos implicados na solução, ou estamos a assumir um caminho que, mesmo que não sendo o vencedor, é aquilo em que verdadeiramente acreditamos. Esta crónica quer ser apenas isto. Uma chamada de atenção para que cada um de nós possa com maturidade democrática exercer no dia 14 de outubro o seu direito de voto. Neste dia escolheremos a composição da próxima assembleia regional. Lugar onde as decisões do nosso futuro coletivo se tomam. Não há grandes desculpas para não comparecer à chamada cívica que são as eleições. Mas a verdade é que os números da abstenção nos Açores são elevados. Temos todos de procurar alterar este cenário. Não o fazer é uma espécie de demissão. E nos tempos que vivemos é ainda mais importante valorizar a democracia que temos. Só a podemos valorizar se lhe dermos o devido contributo. Numa sociedade democrática fazem-se escolhas e nestas escolhas reside o nosso futuro. Não o daqueles que votaram, mas o de todos, sem exceções. Desejo por isso que neste ciclo eleitoral que se abre agora na vida dos açorianos façam escolhas ponderadas. Só o tomar partido, o escolher de uma parte pode dar valor ao nosso sistema democrático e pode dar legitimidade aos que o fizerem para aplaudir ou criticar depois. Votem por isso em consciência. Interromperei por duas semanas a minha colaboração semanal com este jornal pelo que a partir de 19 de Outubro nos voltaremos a falar. Até lá.