Opinião

O verdadeiro candidato

Apenas duas semanas nos separam do dia em que os açorianos irão às urnas e, com o seu voto, decidir quem assumirá os desígnios da Região nos próximos quatro anos. Para além de elegerem os deputados representantes da sua ilha, os eleitores ditarão quem presidirá ao futuro governo dos Açores, o qual sairá da força política que obtiver a maioria dos votos dos açorianos. Tendo em consideração todos os partidos e coligações que disputam os lugares no parlamento é óbvio que, à partida, apenas o PS e o PSD poder-se-iam posicionar como candidatos à presidência do futuro governo dos Açores. Por um lado, temos o Partido Socialista que apresenta uma nova geração de políticos, liderada por Vasco Cordeiro que, sem deixar de ter em consideração os anteriores protagonistas que contribuíram para o indesmentível progresso conseguido nos últimos dezasseis anos da governação de Carlos César, garante uma renovação de ideias e de práticas políticas consentâneas com os novos tempos e as novas realidades. Por outro lado temos um velho PSD, liderado por Berta Cabral que exerceu funções no governo e na administração pública no século passado, nos longínquos tempos de Mota Amaral que se apresenta acompanhada pelos mesmos atores políticos daquela época, os quais foram responsáveis diretos pelo estado de falência a que a Região chegou em 1996. Durante este período de pré-campanha temos assistido a posicionamentos e posturas perfeitamente diferentes protagonizadas por ambos os candidatos. Por exemplo, em relação às medidas altamente lesivas dos cidadãos tomadas pelo governo de Passos Coelho, verifica-se a forma tímida e comprometida como Berta Cabral, sem querer desagradar ao chefe de Lisboa, contesta os verdadeiros atentados à nossa autonomia levados a cabo pela República. Nessa matéria, como em tantas outras, a postura de Vasco Cordeiro tem sido sempre a de um verdadeiro açoriano, de um acérrimo e determinado defensor da autonomia que põe sempre os interesses da Região acima de quaisquer outros. No que respeita a promessas eleitorais, Vasco Cordeiro tem optado por falar verdade aos açorianos, prometendo apenas o que é possível concretizar tendo em consideração a real situação do país e os dos difíceis tempos que ainda se avizinham, mercê da política desastrosa do governo social-democrata de Passos Coelho. Vasco Cordeiro tem sabido dizer sim às justas aspirações da populações, quando elas são realizáveis e também dizer não a anseios populares que, a bem da verdade e da prudência, não poderão constar como compromissos de uma candidatura séria e honesta. Berta Cabral, eventualmente já com a consciência de que não alcançará uma vitória nas eleições que se aproximam e, em situação de desespero, contrariando o provado pelas instâncias nacionais e internacionais que confirmam e reconfirmam a solidez das contas das finanças regionais, apregoou aos sete ventos que os Açores estavam falidos e que estaríamos no caos, não se coíbe de prometer tudo a todos. Perguntamos nós: - Se a situação da Região fosse a que Berta Cabral anunciou, como poderia a mesma pessoa assumir tão vultuosos compromissos que ultrapassam certamente a melhor previsão de receitas regionais da próxima legislatura? O povo açoriano, felizmente, sabe distinguir o que é ou não realizável e já não se deixa embalar em vãs promessas. Os pontadelgadenses, melhor do que ninguém podem avaliar o grau de cumprimento de Berta Cabral e não se deixam levar em novas promessas porque ainda aguardam, entre outras por cumprir, a central de camionagem, o centro cultural Óscar Niemeyer, a piscina do Parque Urbano, o teleférico da Rocha da Relva, o parque de estacionamento na zona poente da Avenida Infante D. Henrique ou, por influência de Berta Cabral junto do governo da república, a construção do novo estabelecimento prisional de S. Miguel, para o qual o governo dos Açores há muito disponibilizou gratuitamente o terreno. Vasco Cordeiro afirma-se de forma firme, serena e positiva como o verdadeiro candidato a Presidente dos Açores possuidor das necessárias competências, de candidatos a deputados altamente qualificados em todas as ilhas dos Açores. A capacidade aglutinadora de Vasco Cordeiro tem reunido milhares de açorianos à volta da sua candidatura, o que tem sido confirmado por enchentes em todos os eventos levados a cabo de Santa Maria ao Corvo! Quanto à líder da oposição, representante de Passos Coelho e das políticas desastrosas levadas a cabo no continente, limita-se a atacar o governo dos Açores e a prometer tudo a todos numa ansia desmedida de agradar a gregos e troianos. O facto de apresentar listas em apenas oito das nove ilhas dos Açores – o que acontece pela primeira vez na vida do PSD – demonstra a fraqueza de alguém que deseja governar uma região. Se não conseguiu resolver um pequeno problema interno na pequena ilha do Corvo, como estaria preparada para enfrentar e resolver os grandes problemas que diariamente se colocam na governação dos Açores? Na hora de votar, os açorianos certamente não terão dúvidas. Eu não tenho. Votarei no futuro dos meus filhos e netos. Votarei no Partido Socialista. Votarei em Vasco Cordeiro!