Os vereadores do PS na Câmara Municipal de Ponta Delgada apresentaram, esta quarta-feira, em reunião de Câmara, um Voto de Protesto pela forma como a gestão da comunicação institucional da autarquia, liderada por José Manuel Bolieiro, tem sido feita.
A vereação socialista fez notar que “há uma tentativa permanente de ofuscar a existência de vereadores da oposição que possuem a mesma legitimidade do que os da maioria”, sustentando que a notícia publicada pela câmara municipal, a propósito da última reunião de vereação, realizada a 26 de outubro, as posições dos vereadores do PS foram suprimidas “por completo” por parte da comunicação institucional camarária.
Para além de considerarem que “os serviços deste município devem ser imparciais e transparentes”, os vereadores do Partido Socialista propuseram que “sejam dadas orientações ao gabinete de comunicação, e às respetivas assessorias, para que seja dado o tratamento adequado e justo, em especial na descrição dos atos públicos onde exista intervenções dos vereadores da oposição”.
A vereação lembrou, também, a advertência da Comissão Nacional de Eleições, a José Manuel Bolieiro, pelo uso indevido, após a marcação da data das eleições, dos meios de comunicação da câmara, como por exemplo o sítio da internet.
Na reunião desta quarta-feira, a situação dos resíduos sólidos urbanos foi outro dos vários temas abordados. Neste quadro, os vereadores socialistas acusam a Câmara Municipal de ter lesado “os munícipes em mais de um milhão de euros em 2016”, por ter sido incapaz de implementar um sistema eficaz na gestão dos resíduos sólidos urbanos do concelho.
Sendo Ponta Delgada o concelho que mais resíduos sólidos urbanos produz em São Miguel, tem e deve assumir uma responsabilidade acrescida.
Neste sentido, a vereação socialista exige, assim, uma revolução na política de gestão e recolha de resíduos no concelho de Ponta Delgada, assente em princípios de economia circular e desperdício zero, tendo como suporte uma forte consciencialização e educação ambiental, com estimulo à separação e com uma logística adequada, a bem não só do presente, mas, sobretudo, do futuro.