Saída da Ryanair gera grande preocupação e é um retrocesso para a mobilidade e turismo dos Açores, afirma PS/Açores

PS Açores - Há 2 horas

A deputada do PS/Açores, Marlene Damião, reagiu esta quinta-feira ao anúncio da Ryanair de abandonar todas as ligações aéreas com os Açores a partir de março, classificando a decisão como “um retrocesso brutal na mobilidade dos Açorianos e um duro golpe para o setor turístico da Região”.

A socialista sublinha que, “após 10 anos de operações durante todo o ano, uma das regiões mais remotas da Europa perde agora ligações diretas de baixo custo, nomeadamente para Lisboa e Porto, num contexto de custos aeroportuários elevados e inação política”.

Marlene Damião critica a postura do Governo Regional, que considera “cúmplice, pela omissão e alinhamento político com a ANA e com o Governo da República”.

“É lamentável assistir à inércia do Governo Regional, que se limitou a acompanhar visitas e apresentações da ANA sem exigir garantias para a mobilidade dos Açorianos. Perante a República, também falhou em defender os interesses da Região, numa matéria tão essencial”, acrescentou.

A deputada recorda que há apenas oito dias o Governo Regional “posava ao lado da ANA, elogiando planos de expansão”, mas sem acautelar o impacto das taxas e políticas que, segundo a Ryanair, tornaram insustentável operar nos Açores.

“O Governo esteve entretido a anunciar obras e fotografia política enquanto a conectividade real da Região era colocada em risco”, sublinhou, acrescentando que “o que se exige do Executivo é que avance de imediato com diligências que garantam a manutenção da operação da Ryanair na Região”.

Para o PS/Açores, esta decisão soma-se a outros problemas graves na política de transportes. “Como se não bastasse o processo de privatização da SATA, mal conduzido e sem garantias de serviço público, temos agora o abandono da Ryanair, que representa um novo e brutal retrocesso para os Açores.”

Marlene Damião exige agora “ações imediatas do Governo Regional junto da República e da ANA para manter ligações aéreas e garantir alternativas que defendam a Região, os residentes e a economia”.

“Este é um assunto demasiado importante para os Açores para ser tratado com silêncio e passividade”, conclui a socialista.