Opinião

Sondagem

Está a ser feito um estudo de opinião nos Açores. No extenso inquérito, mede-se, entre outros dados, a intenção de voto com e sem a atual coligação. Ou seja, quem encomendou esta sondagem, para além de querer medir a notoriedade dos membros do Governo e de outras personalidades políticas, quer saber, na prática, se os açorianos valorizam mais uma solução eleitoral composta pela atual coligação ou se, pelo contrário, os partidos que a compõem devem ir a votos separados. Apesar de ser natural a medição de cenários eleitorais diferentes, é interessante perceber que quem encomendou o estudo, coloca a hipótese de a atual coligação não se apresentar como tal aos açorianos nas próximas eleições. Isto, apesar de haver um acordo celebrado entre as partes. Pelo teor das perguntas formuladas e pelos objetivos nítidos que enformam o inquérito, não é difícil perceber quem o encomendou nem tampouco o motivo. Pelos vistos, alguém anda ansioso e à espreita de ler nos números uma oportunidade. O problema é que a coragem política, tão necessária como escassa, não se vende nos hipermercados.