O que se está a passar no serviço de oncologia do Hospital do Divino Espírito Santo é inaceitável.
No espaço de meses, este serviço ficou, na prática, com 50% da capacidade. São centenas os doentes prejudicados que não estão a ter o devido acompanhamento.
A situação é ainda mais sensível se tivermos em consideração que esta especialidade lida com doentes e famílias particularmente fragilizadas. A par disso, as notícias que dão conta de atitudes persecutórias no Hospital e, em particular, naquele serviço são credoras de toda a preocupação e devem merecer, também, apertado escrutínio por parte da comunicação social. A ausência de resposta atempada, a falta de explicações ajustadas e, pior, a inexistência de soluções que permitam dar um horizonte de esperança quanto ao acompanhamento destes doentes são da responsabilidade do conselho de administração e da tutela. Ambos já foram há vários meses alertados para estes problemas quer pelos profissionais de saúde, quer pela Ordem dos Médicos quer pelos doentes. De que estão à espera?