Opinião

Tempo de mudanças

1- Mudanças na ALRAA
Como consequência das eleições autárquicas, assistimos no plenário de setembro a discursos de despedida. 4 Deputados vão, brevemente, assumir novas funções. Da maior bancada parlamentar, a do PS, sai a Deputada Bárbara Chaves para assumir a presidência da Câmara Municipal de Vila do Porto. A Bárbara, de quem tenho a honra de ser amigo, estava na Assembleia desde 2008. Foi, por isso, com uma pontinha de emoção que assisti ao seu discurso na hora de partir para o grande desafio da sua vida. Sei o amor que tem a Santa Maria. Sou testemunha das suas enormes competências técnicas e políticas. Garanto, por isso, que os marienses estão em boas mãos durante os próximos anos.  Da bancada do PSD, como vencedores da noite de 26 de setembro, saem o líder parlamentar, Pedro do Nascimento Cabral, e também os Deputados Carlos Ferreira e Vânia Ferreira. A todos eles saúdo democraticamente e desejo os maiores sucessos nas novas funções.

2- Mudanças governamentais
O Governo de Bolieiro e o Governo de António Costa têm, a cada dia que passa, uma coisa em comum: a imperiosa necessidade de uma remodelação. No Governo da República, deixando já de parte o Ministro Cabrita, temos vindo a assistir ao “desaparecimento” de alguns ministros; as querelas públicas entre ministros e, nos últimos dias, ao “puxão de orelhas” presidencial ao ministro da defesa. António Costa é tido por ser muito teimoso, mas isso não pode toldar a visão. E quando todos conseguem ver a milhas… Por cá, não tendo fama de ser teimoso, Bolieiro deve estar à espera do timing que entende adequado para corrigir “erros de casting” na formação do XIII Governo dos Açores. E todos sabem quem tem guia de marcha… E alguns, com poder exacerbado face à escassez de votos, até já andam a sondar quem se seguirá…

3- Mudanças políticas
As eleições têm sempre, face aos resultados, consequências políticas. É comum, por um lado, pedir-se mudanças de protagonistas, estratégias ou rumos. Por outro lado, é um clássico exigir-se uma reflexão sobre o veredito popular. Os tempos que correm não fugirão a este conhecido guião. Será, portanto, como sempre foi. Por aqui, na República ou na Madeira. A vida partidária é isto. No futebol, costuma dizer-se que “nem tudo está bem quando se ganha, nem tudo está mal quando se perde”. Esta frase, também, é válida na política. Que cada um tire, em primeiro lugar, as suas próprias ilações e depois, em conjunto, se defina ou ajuste a estratégia. E nunca se esqueçam, como se diz nos meandros futebolísticos, que a bola para chegar à baliza passou por 10 jogadores!

4- Mudanças desportivas
O Santa Clara elegeu, no passado dia 2, os novos órgãos sociais. Terminei nesse dia a minha missão. Foi uma tremenda honra ter feito parte, enquanto Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral e membro da Comissão de Gestão, da história centenária do Clube Desportivo Santa Clara. Entendi, em consciência, que não faria sentido continuar. A hora é de novos protagonistas. O tempo atual exigia mudanças. Volto, por isso, à condição de sócio. E é nessa qualidade que faço votos – já transmitidos pessoalmente ao Presidente Ricardo Pacheco – dos maiores sucessos aos órgãos sociais recém-empossados. O seu sucesso é o sucesso do nosso Santa!