Opinião

2020 um ano para esquecer, mas que mobilizou!

Amanhã será o último dia do ano de 2020. Um ano difícil para a economia e sociedade e que fica marcado pelo ano em que os Governos lançaram mãos dos instrumentos financeiros e políticos que possuíam para responder à doença COVID-19.

Fizeram a sua obrigação. Numa análise global, os governos rapidamente perceberam os riscos que adviriam de uma gestão deficitária da crise sanitária e, também, por isso poucos arriscaram e muitos confinaram a bem da saúde pública.

Saúde e educação

Foi, é, e continuará a ser o pessoal afeto à área da saúde os heróis no combate à COVID-19. A maioria dos profissionais estão em modo contínuo desde 13 de março de 2020.

Resistiram e persistiram contra algo desconhecido. Às ordens de enfermeiros e médicos é devido um louvor autonómico público.

Com professores e alunos, desde abril de 2020, viveu-se uma mudança do paradigma pedagógico nas escolas dos Açores. A transição digital processou-se rapidamente e nunca se evoluiu tanto em tão pouco tempo com o esforço de todos. Professores e alunos, são os heróis por exigirem a normalidade possível das aprendizagens. Os professores ligaram-se para que os alunos não se desligassem.

Na saúde e na educação, a sociedade nunca será suficiente grata a estes profissionais.

A vacina

Os cientistas são os heróis contra o vírus. Louvar os cientistas, louvar o conhecimento, que nos traz esperança por oposição ao medo, é um imperativo cívico. Mais certezas por oposição às incertezas para a sociedade e economia. Nunca num tempo tão recorde se operacionalizou uma vacina, graças ao avanço tecnológico, à união de esforços da comunidade científica e industrial e ao conhecimento científico dos coronavírus.

Arranque comum da aplicação da vacina

A UE prometeu um arranque comum para a vacinação, mas há sempre quem falha no espírito comum, tal como a Alemanha, Hungria e Eslováquia que se anteciparam num dia o arranque. Este ato simbólico era mais do que um ato comum, era um símbolo da união de uma resposta conjunta a uma zona comunitária que se quer mais que a partilha de territórios comuns.

Nos Açores, o fim de 2020, fica marcado por um conjunto de intenções do Governo em oposição a um necessário plano efetivo de ação do número de vacinas a administrar, das diferentes fases e dos públicos alvos da vacinação durante o ano de 2021, ano que será de testes para o Governo, as famílias e a própria vacina.

Onde, nos Açores, se pode consultar o plano de vacinação? Quantas vacinas chegarão em 2021? Quais serão as fases da vacinação? Onde se pode consultar, quem, quando, e como será vacinado?

Os Homens sem coluna

O ano de 2020 trouxe ao de cima o melhor e o pior das pessoas e também no Homem político. Comprova-se o porquê de a sociedade estar corrompida e (muitos) políticos desacreditados. Nesta transição política de quem perdeu o voto popular, mas ganhou o voto parlamentar, muitos são facilmente seduzidos pelo poder, pelas posições e pelos euros a mais.

Há numa grande parte nos Açores pequenos de Homens sem coluna. Após milhares de anos de evolução do Homem, a sociedade merecia mais e melhor. Que 2021 seja um ano de esperança e mudança com novos Homens.

Saúde para 2021!