Opinião

Do fastio

Voltámos à política partidária. Em ano eleitoral, era expectável. Mas, isso só é possível porque o Governo dos Açores soube decidir sensata e firmemente na hora certa. Teve o apoio coletivo dos açorianos. Agora surgem os desconfinadores a questionar: e se tivesse sido assim e assado, quem explica porque foi assim ou de outro modo!… Onde estiveram estes doutos “opina-dores”? Depois de feita a sopa não faltam colheres. Hoje, aqueles que andavam sempre à procura de um indicador para rebaixar a Região, anseiam por esses indicadores do final de 2019. Outros há que sem nunca terem dado provas de bons autarcas, nem uma taxa baixaram, foram inertes na habitação e muitas outras áreas socioeconómicas. Abandonaram o seu posto. O único traço que se lhes conhece é “a manha” de dizer ou fazerem-se bonzinhos. Contudo, é curioso, falam sempre na primeira pessoa, EU, EU, Eu sou humilde!!!… Não deixaram obra por onde passaram. Agora entoam a velha cantilena eleitoral de, sem critério, exigirem tudo para todos, ou, pelo contrário, copiam as decisões do Governo, mas querem sempre um pouco mais. São como os comensais que depois de terem devorado um bom bife de carne açoriana, dizem que estava muito bom, mas faltava qualquer coisa que não sabem o quê! Querem dar a ilusão que têm ideias. Com ar gongórico e enfadado apresentam argumentos que fazem boomerang. Falam no tempo do PS. Estiveram mais tempo à frente de Ponta Delgada do que o atual Presidente do Governo a liderar a Região. Aliás, são do tempo do velho PPD,há uma enorme diferença: Ponta Delgada só perdeu tempo e, entretanto, os Açores avançaram. Indicadores de riqueza como turismo e atividades conexas são obra do Governo e dos empresários. Em suma, a corrida eleitoral já se iniciou e enquanto uns têm obra e conhecem e sabem defender a Região, outros deambulam (procurando coincidência de agenda?!!) pelas nossas ilhas com os habituais tiques do fastio.