Opinião

Um Orçamento para 2020 que no papel promete e que a realidade confirmará

Debateu-se e votou-se o plano e orçamento para 2020, aquele que conclui a legislatura, mas que é um dos primeiros planos e orçamentos para o nosso futuro. São 1,812 milhões de euros previstos no orçamento, entre centenas de medidas para melhorar a vida dos que residem nos Açores, desde logo na contabilização do tempo de serviço dos professores, no aumento do Complemento Regional de Pensão, na progressão na função pública, no aumento das transferências para os hospitais e unidades de saúde, na regularização extraordinária na função pública, na abertura de concurso para mais 80 professores, no aumento do preço base para concurso de refeições escolares, na majoração para a aquisição de viaturas elétricas, na gratuitidade de manuais escolares no 1º e 2º anos, na melhoria da resposta no serviço saúde para as intervenção cirúrgicas e no prolongamento do prazo no programa de habitação “Famílias com futuro”. Para investimento são 816,4 milhões de euros em todas as 9 ilhas, desde a conclusão do parque escolar, às intervenções nos portos, lotas e aerogares, para o fortalecimento da promoção e diversificação da agricultura, para os parques tecnológicos, para a divulgação do destino turístico, para o aumento e melhoria dos espaços ambientais, para as manutenções de estradas regionais, para a criação e manutenção de espaços para crianças, jovens e idosos e um fortíssimo apoio às pessoas com deficiências, entre miríades de investimentos que cumprem os compromissos eleitorais. Ao longo destes quatros anos o Partido Socialista comportou-se como quem não tem maioria absoluta, propondo e corrigindo medidas. Procurou consensos e diálogos e aprovou propostas de todos os partidos políticos, tendo os planos e orçamentos de 2019 e 2020 contando com o apoio do CDS e abstenção do PCP. Estranho este tique democrático do PS, quando há vozes que o afirmam como autoritário e de maioria musculada. A aplicação dos recursos financeiros são investimentos para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, inscritos em papel de Orçamento e Plano de 2020 onde cada um de nós dará conta do seu impacto nas nossas vidas. Comportamentos dúbios onde prevalece o interesse partidário e não o das pessoas? O PSD anunciou com antecedência que votaria contra o Plano e Orçamento, na teoria votaria contra as suas próprias propostas. Incrivelmente acabou mesmo por votar contra as suas próprias medidas, sem declaração de voto. Aqui, sim, estamos perante uma minoria musculada que nada aprendeu com a maioria do Partido Socialista na Assembleia Municipal Ponta Delgada que se absteve no orçamento para a câmara municipal. 5 de dezembro, dia do Voluntariado Amanhã é dia do voluntariado. Neste dia, como noutros, dois simples pensamentos: i) sobre as horas que temos e não as partilhamos a favor de outros e ii) a crise que as instituições vivem por falta de voluntários. Muito mais do que as instituições podem fazer por nós, é o que nós podemos fazer pela missão de cada instituição.