Opinião

HÁ NOVA CPI À CGD

1-COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO À CGD- haverá nova comissão parlamentar de inquérito (CPI) à CGD e é fundamental que esta apure todas as responsabilidades na gestão do banco público. Em junho de 2016, foi constituída a I Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da CGD e à Gestão do Banco. Em julho de 2017, era encerrada por falta de informação que auxiliasseo inquérito em curso. A auditoria realizada pela Ernest &Young, solicitada pelo Governo do PS, foi apenas concluída em julho de 2018. Com acesso a esta auditoria, os partidos políticos com assento na AR concordaram na criação de uma nova CPI à CGD com o fim de: apurar as práticas da gestão da CGD no domínio da concessão e gestão de crédito; apreciar a atuação dos órgãos societários; averiguar as contradições entre declarações proferidas publicamente e avaliar o impacto das práticas de crédito nas necessidades da recapitalização da CGD. Como referiu o nosso líder Parlamentar Carlos César "para nós, é muito importante que o esclarecimento seja feito de forma plena, que se saiba tudo e que todos saibam tudo sobre todos os momentos." 2 - CARNE DE PORCO PARA A CHINA -uma das prioridades deste Governo tem sido a abertura de novos mercados para exportação dos produtos portugueses. Até ao momento, o Governo já abriu mercados para mais de 50 produtos num total superior a 200 produtos e o Ministro da Agricultura sublinhou que está em negociações para a abertura de mais 50 mercados.Esta semana, concretizou-se a primeira exportação de carne de porco portuguesa para a China. As previsões de exportações de carne de porco nacional para a China apontam para 100 milhões de euros este ano, serão cerca de dez mil animais abatidos por semana, e em 2020 deverá atingir 200 milhões de euros.Como afirmou o Ministro Capoulas Santos a exportação para o mercado chinês representa "uma afirmação da internacionalização da agricultura" portuguesa. Outro ponto importante neste processo é o facto de ter ficado acordado quePortugal irá ter um centro de demonstração e degustação dos produtos portugueses, como o vinho, a fruta e também a carne de porco.A conclusão deste centro está prevista até ao final de 2019, a partir daíabre-se uma nova oportunidade ao desenvolvimento e promoção da entrada dos produtos portugueses na China. 3 -VENEZUELA-unem-nos laços de amizade e cooperação, expressos pela comunidade de mais de meio milhão de portugueses e lusodescendentes residentes na Venezuela e de tantos venezuelanos que residem em Portugal.Temos acompanhado com muita preocupação a situação política, económica e social que se vive na Venezuela.Em 2014, as manifestações provocaram centenas de feridos e dezenas de mortos. Desde 2015, a tensão tem vindo a aumentar e a situação a agravar-se, afetando os cidadãos venezuelanos e centenas de membros da comunidade luso-venezuelana.Depois de eleições presidenciais,em maio passado,não reconhecidas como livre e justas pela comunidade internacional, o Presidente da Assembleia Nacional, Juan Gaidó de 35 anos, assumiu na semana passada, no seguimento da uma inequívoca mobilização popular nas ruas, a presidência interina do país até à convocação de novas eleições. A resposta violenta das autoridades aos protestos já vitimou dezenas de pessoas, sendo inaceitável e totalmente condenável o uso da força contra protestos pacíficos.Mais de 60 países, incluindo EUA, Canadá e os grandes da América Latina, Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Peru, Equador reconheceram Guaidó como Presidente. O Parlamento Europeu também reconheceu a Juan Guaidóo estatuto de presidente interino legítimo.Neste contexto de instabilidade, ao qual se acrescenta a grave crise social e económica do país que se arrasta há anos, é fundamental que a resolução do conflito político se faça pela via democrática, num processo pacífico e sem ingerências. Esta é a via à qual a União Europeia e Portugal têm apelado. A Venezuela precisa de uma solução política que permita uma nova etapa no futuro do país, que reponha legitimidade e apazigue a sociedade, que crie condições básicas para que a vida das pessoas possa regressar à normalidade em paz e segurança e por isso apresentámos um voto de solidariedade pela resolução pacífica e democrática da situação na Venezuela.