Opinião

Muito mais do que o tempo

A melhor Governação é aquela que governa para a população. Com transparência e equidade. Estes são os atributos numa Governação de qualidade à qual se associa a competência dos governantes e dos deputados. Muito mais do que o tempo. O Partido Socialista, desde 1996, modificou o panorama político nos Açores. Com boas opções, mas não isento de más opções - porém, com uma qualidade contínua: estar disponível para alterar as más opções. O PS é muito mais do que o Partido que suporta o Governo desde 1996. O PS é o Partido que contribuiu e contribui para a Democracia e para a Autonomia e que desenvolve com os Açorianos uns Açores ambiciosos suportado em decisões de esquerda e progressistas. Por este conjunto de motivações, o PS deve, sempre, liderar a mudança. Na Governação Socialista, muitas mudanças ocorreram, sendo a mais significativa no plano político-partidário a limitação de mandatos para o Presidente do Governo Regional - 3 mandatos - e o círculo de compensação - que garantiu a presença dos pequenos partidos. Não houve receio na mudança: mesmo sabendo-se da permeabilidade da liderança a outros partidos sempre que há mudança do protagonista; perante o sensacionalismo e facilitismo próprios dos pequenos partidos. Só receia aquele que não confia na sua capacidade. Até 1996 o escrutínio ao Governo era mínimo e as inovações políticas teimavam em não existir. Hoje há uns deambulantes que querem fazer passar a mensagem de que estamos em 2018 tal como em 1996. Curiosamente os protagonistas desta mensagem da máquina do tempo foram deputados do PSD ou membros do Governo que passados 22 anos ao fazerem esta, forçada, comparação assumem o estado de desgraça em que deixaram os Açores. Mas a realidade das 9 ilhas é outra e como os Açorianos bem veem em nada se compara os Açores de 1996 aos Açores de 2018. Esta estéril comparação é uma mea culpa 22 anos depois, mas sem paralelo no presente. O tempo só é “a” variável perante a ausência de inovação. O PS deve ao presente e futuro dos Açorianos uma persistente inovação. Inovação de políticas e renovação de protagonistas sempre que se justifique. Nenhuma vontade individualista pode por em causa o património coletivo da governação socialista