Opinião

A dívida é para gerir, o acesso à saúde é um bem único

A garantia do acesso à saúde é o bem mais estimados pelos cidadãos. Esta é uma frase(sentimento) recorrente entre cidadãos, mais e melhores cuidados de saúde. Nos Açores há dívida no setor da saúde. Nos Açores e em qualquer local do mundo, sempre que exista uma política de saúde pública para os cidadãos, tendencialmente gratuita e de excelência. Pretendo negar a evidência da falta de médicos em São Miguel cuja cobertura é de 66,8%? ; os dos utentes que aguardam por cirurgias?; a dívida dinâmica no sector da saúde? não! Porém, as análises ao SRS são o somatório das partes e não apenas de uma parte, geralmente a mais populista( dívida e remunerações dos órgãos dos conselhos de administração). Analisar a dívida do SRS por si só é uma visão economicista e redutora. É preciso olhar para o desenho de toda a estrutura e naquela que é a perceção dos Açorianos de que temos um excelente serviço de saúde - das infraestruturas, recursos humanos e à produção hospitalar. São 3 hospitais, 9 unidades de saúde e dezenas de postos de saúde e o acesso aos serviços de saúde por parte dos cidadãos seja por deslocação dos próprios ou dos médicos. Não pode ser despiciente o financiamento de 300 M€/ ano, sendo que na última legislatura houve um aumento de financiamento de 80 M€ no SRS e a melhoria dos diferentes indicadores ao longo do tempo. Por exemplo, no período (1996-2017) passamos: de 351 para 599 médicos, mais 71% ; 4.133.000/ano meios complementares, representando mais 150%; um crescimento de 147% no número de consultas, correspondendo a 800.000/ano e um crescimento de 95% de 793 para 1545 enfermeiros - quando se fala da falta de enfermeiros não deixa de ser curioso que num concurso público dos 15 profissionais que concluíram o procedimento concursal, apenas 1 tenha tenha optado por integrar o serviço. Politicamente aceitável e até desejável que nos 21 anos de decisões dos Governos Socialistas, perante um modelo dinâmico da sociedade e dos procedimentos, haja a capacidade de propor melhorarias nas respostas públicas aos cidadãos. O mesmo é dizer, inconformar-se e melhorar no Servir os Açorianos. A dívida é para gerir, sendo o acesso à saúde um bem único