Opinião

A Campanha Suja

Falsas sondagens, cartas anónimas, documentos pessoais roubados da correspondência do Governo, relatórios do Tribunal de Contas incompletos e relatórios de órgãos inspetivos do Governo também inacabados, chegam às redações dos órgãos de comunicação social da nossa terra com um único objetivo: -enganar os jornalistas e as populações contra o Governo dos Açores. É a chamada Guerra Suja na política cujo objetivo primordial passa por denegrir o adversário, com a verdade manipulada, com informação incompleta ou até com a mais vil mentira. Este tipo de estratégia é muito utilizada nos Estados Unidos, onde para se ser candidato a algum cargo político tem que se ter um percurso de vida mais imaculado do que o próprio Jesus Cristo, mas nos Açores não é totalmente inédita, o PSD em 2004, incrivelmente, com o seu melhor candidato de sempre, a todos os níveis, competência, juventude e seriedade, não resistiu às pressões de alguns dos seus companheiros de partido e cedeu num tipo de campanha “suja” que acabou por ser fortemente penalizada nas urnas. Presentemente, com os resultados das sondagens eleitorais a significarem um grande balde de água fria para a líder do PSD, o seu partido, em desespero, aconselhado pelos mesmos que em 2004 aconselharam Vitor Cruz e por mais um ou outro assessor desorientado, aposta tudo o que tem na “campanha suja” contra o PS e contra Vasco Cordeiro. Esta estratégia, feita em surdina, de permanentemente denegrir o seu adversário, para além de ser eticamente reprovável e em alguns casos criminosa, parte do princípio errado do que o cidadão está mais preocupado em saber dos “males dos outros” do que em saber como é que pode resolver próprios males. Os cidadãos querem é saber se conseguem manter os seus filhos na escola ou na universidade ou se os seus rendimentos são suficientes para pagar as prestações aos bancos. Os empresários querem é saber quando é que os seus clientes lhes pagam, se os seus fornecedores lhes pedem pagamento a pronto ou como antigamente de uma forma mais facilitada ou se a banca apoia a sua tesouraria e/ou o seu investimento. Na prática, o que a nossa população quer saber é que propostas é que cada partido tem para responder ao desafio da criação de emprego, do apoio às famílias em dificuldades e da sustentação e aumento competitividade das nossas empresas. Vasco Cordeiro apresentou já uma agenda açoriana para a criação de emprego, que, resumidamente, passa pela aposta nos sectores mais tradicionais da nossa economia, a agricultura, as pescas e o turismo, a reestruturação o sector da construção civil, adaptando-o à nova conjuntura, por um contrato de fomento da inovação com a Universidade dos Açores com o objetivo de aumentar a competitividade das nossas empresas, aposta no mercado externo (de exportação) como forma de ultrapassar os constrangimentos do nosso mercado interno de 245 mil pessoas, a redução da burocracia na administração pública para que esta deixe de ser uma barreira à economia e passe a ser uma força de estimulo à atividade das nossas empresas e a aposta no sector do Mar, como um recurso, de futuro, que tem um potencial imenso de criação de novos empregos sustentáveis e, consequentemente, de riqueza para a nossa terra. Infelizmente o PSD e a sua candidata a única proposta que apresentam aos eleitores é a da criação de uma “Região Económica” que se restringe apenas ao espaço interno dos Açores, reduzindo nos nossos horizontes de crescimento, como na década de oitenta e esquecendo todo o potencial de crescimento que temos neste mundo global. Para alguns à ausência de ideias contrapõem-se a maledicência. Talvez seja por isso que esta campanha suja contra o Governo e PS não vai parar. Preparem-se!