Opinião

A fada madrinha anda por aí!

Estamos em ano eleitoral, no qual os açorianos serão chamados a pronunciar-se na escolha da constituição da próxima Assembleia Regional que definirá a constituição de um novo Governo. Os principais partidos anunciaram já os seus candidatos a Presidente do Governo, que num período de pré-campanha e depois de campanha, apresentam as suas ideias e projetos para o futuro dos Açores, no conjunto das suas 9 ilhas. Como é meu dever, enquanto cidadão açoriano, tenho seguido com alguma atenção a atuação dos candidatos. Aprecio a abertura dos partidos à sociedade civil e o contato com as pessoas. Nos Açores a proximidade entre políticos e eleitores é mais intensa e daí os políticos estarem mais expostos ao cidadão em geral, pelo que escuto as pessoas que reagem em função deste contacto e do acompanhamento que fazem da pré-campanha eleitoral. Satisfaz-me claramente ouvir cada vez mais cidadãos a reconhecer a forma séria, capaz e frontal como o candidato Vasco Cordeiro aborda os diferentes assuntos, sem artificialismos e com a devida naturalidade. Por outro, confirmo que os açorianos distinguem claramente as necessidades e potencialidades presentes, ao invés de valorizarem promessas soltas sem sustentabilidade ou concretização possível, mas ditas de uma forma quase convincente. Há dias, um Senhor que habitualmente encontro e converso, ouvindo a sua sabedoria adquirida ao longo dos seus já longos anos de experiência de vida disse-me: “amigo, então não viu por aí a fada madrinha, nos arraiais do Espírito Santo, a distribuir beijos e promessas para outubro?” Eu, surpreso com a analogia, rapidamente percebi que se referia a uma das candidaturas. Esta observação de um Senhor com mais experiência de vida que a minha fez-me refletir, e concluir que nos dias de instabilidade internacional e nacional que todos vivemos e estamos a sofrer, devemos ter a coerência de assumir a realidade com verdade, responsabilidade e solidez. Por isso, muita cautela! Como disse o meu amigo, a fada madrinha anda por aí e eu já não tenho idade para acreditar em fábulas!