PS quer saber porque é que o Governo Regional não manteve o navio Karoline a abastecer a ilha das Flores até ao final do contrato

PS Açores - 3 de fevereiro, 2023

O Grupo Parlamentar do PS questionou o Governo regional, esta sexta-feira, sobre o motivo pelo qual o navio Karoline (anteriormente conhecido como Malena/Margareth) não se manteve a abastecer a ilha das Flores até ao final do período contratualizado entre o Executivo e a empresa Transinsular.

Segundo o contrato celebrado entre o Governo Regional e a empresa a 9 de julho de 2021, a prestação daquele serviço terminava a 31 de janeiro de 2023, mas este navio deixou de abastecer a ilha das Flores no passado mês de outubro de 2022, tendo esse serviço passado a ser feito pelos navios “Monte da Guia” e “Monte Brasil”.

“Estamos a falar de um preço contratual na ordem dos 2 milhões de euros e importa saber se essa verba foi paga, na sua totalidade, à Transinsular”, frisou José Eduardo, deputado do PS eleito pela ilha das Flores.

O deputado do PS frisou que os navios “Monte da Guia” e “Monte Brasil” são de um tamanho e de uma tipologia que “não consegue acostar na ponte-cais do Porto das Lajes das Flores durante semanas consecutivas, devido à ausência do molhe de proteção destruído pelo furacão Lorenzo em 2019, não se conseguindo descarregar mercadorias, com prejuízo para todos os Florentinos”.

O parlamentar do PS criticou a Secretária Regional Berta Cabral por declarar publicamente que “não tem havido problemas no abastecimento de mercadorias por via marítima na ilha das Flores”, o que “contrasta grosseiramente com a realidade”, em que “há constantes atrasos no abastecimento da ilha, com os consequentes e irreparáveis prejuízos para os empresários e para todos os Florentinos”.

Os socialistas querem ainda conhecer os termos exatos para o fretamento do navio “Ponta do Sol”, anunciado pelo Governo Regional no passado dia 31 de janeiro.

“Mais uma vez o Governo manifestou falta de transparência. Troca navios sem explicar porquê, não explicou porque não cumpriu até ao fim um contrato de 2 milhões de euros de dinheiro público com um navio que prestava um melhor serviço, em detrimento de navios que muitas vezes não conseguem acostar nas Flores. Para trás ficam as mercadorias, a ilha das Flores e os Florentinos”, finalizou o deputado do PS, José Eduardo.