“Governo é incapaz de fazer face aos desafios que o setor da construção civil atravessa num contexto de escalada de preços e de incerteza”, afirma Tiago Branco

PS Açores - 24 de novembro, 2021

No debate em Plenário sobre as propostas do Governo Regional para 2022, Tiago Branco sublinhou que a Secretaria Regional das Obras Públicas e Comunicações “é uma das grandes prejudicadas neste Plano e Orçamento de contas fictícias” e lamentou que os “documentos não estejam sintonizados com a realidade nem respondam aos desafios que se colocam à Região”.
“Veja-se o setor da construção civil, que se depara com os efeitos que se vivem hoje, e que se adensarão no futuro, do aumento dos preços das matérias-primas, dos custos de produção, dos combustíveis, da necessidade de reforçar mão-de-obra, como foi até denunciado pela AICOPA”, referiu o deputado do PS/Açores.
Tiago Branco reitera que a proposta deste Governo é, como se confirma, “omissa quanto a uma estratégia para ajudar a lidar com estes desafios”. 
Aliás, “os constrangimentos que o setor atravessa são também razão pela qual o Governo não conseguiu executar, até ao final de setembro, nem metade do previsto para a Secretaria Regional das Obras Públicas, mesmo depois da sua dotação orçamental ter sido revista em baixa”.
Tiago Branco questionou a Secretária Regional sobre a falta de respostas: “A este ritmo e com a total ausência de uma estratégia do Governo para fazer face aos desafios que o setor da construção civil atravessa, num contexto de escalada de preços, de incerteza, que credibilidade tem este Governo e este plano que se propõe a executar em 2022 mais de 125 milhões de euros, na área das Obras Públicas, quando até setembro passado só tinha conseguido concretizar 43 do 90 milhões previstos?”.
Como se sabe, acrescentou, “6 em cada 10 euros deste plano não será executado ou pago às empresas açorianas”, pelo que não restam dúvidas de que “é um plano e orçamento sem cobertura, perdido noutras coisas que não os Açores e os Açorianos, que não tem credibilidade, recursos, nem estratégia para corresponder ao que o próprio propõe”.