André Bradford insiste na importância de patrões e sindicatos se unirem para dignificar trabalhadores do Turismo

PS Açores - 19 de julho, 2018
“Se foi possível congregar representantes empresariais e representantes sindicais em torno de uma redução de impostos na Região, não se vislumbram razões para que esses mesmos parceiros não se empenhem numa coligação de vontades para garantir uma justa redistribuição dos proveitos gerados no Turismo, entre quem investe e quem trabalha no setor”, defendeu André Bradford, esta quinta-feira, numa Declaração Política apresentada em Plenário sobre as “condições de trabalho no Turismo”. O Líder Parlamentar do PS/Açores falava na sequência quer do compromisso assumido em 2016 durante o debate do Plano e Orçamento, quer do apelo lançado pelo Presidente do Governo dos Açores, no Dia da Região, para se reforçar “os meios de diálogo e concertação” com vista a melhorar as “remunerações e as condições de estabilidade do emprego no setor do Turismo”. Apesar da UGT/Açores não ter tido disponibilidade de agenda para receber os deputados do PS/Açores – que nos últimos dias reuniram com a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, com a CGTP e com o Sindicato dos Profissionais Transportes, Turismo e Outros Serviços de São Miguel e Santa Maria – André Bradford deixou um apelo: “Se a UGT/Açores foi sensível aos argumentos em defesa da redução fiscal como estímulo à economia e ao mercado, estamos certos de que dispõe, agora, da oportunidade e dos créditos necessários para sensibilizar a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores para a urgência de concertar com os trabalhadores condições dignas e justas de trabalho”. André Bradford sublinhou que o PS/Açores sempre reconheceu e valorizou quer “a perseverança dos nossos empresários que se mantiveram de portas abertas nos anos difíceis”, quer “quem agora arrisca novas ofertas e novos projetos”. No entanto, “a verdade é que quem trabalha tem de ser remunerado de forma justa, de forma digna e de forma que se adeque aquilo que deles se exige. E isso não está a acontecer!”. Tendo em conta o aumento de “quase 50 milhões de euros – mais 50% - nos proveitos gerados pelo setor, na Região, nos últimos três anos”, o líder da bancada socialista lamenta que a tabela salarial no setor do Turismo não seja atualizada desde 2009, ou seja, “que mais de metade dos empregados ganhe ou o ordenado mínimo ou pouco mais do que o ordenado mínimo”.