O Grupo Parlamentar do PS propôs, esta terça-feira, um conjunto de audições para que haja um esclarecimento necessário sobre a situação dos trabalhadores da COFACO da ilha do Pico e as perspetivas de futuro.
O pedido, com carácter de urgência, propõe que sejam ouvidos na Comissão de Economia a Administração da COFACO, o Governo Regional, os representantes dos trabalhadores, o presidente da Câmara Municipal da Madalena, o representante da Associação Comercial e Industrial da ilha do Pico e o representante da Associação Pão do Mar.
Recorde-se que o Partido Socialista também entregou na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores o Projeto de Resolução “Em defesa dos trabalhadores da Cofaco da ilha do Pico”.
Estas iniciativas surgem na sequência de um conjunto de contatos estabelecidos pelos deputados socialistas que colocam em primeiro lugar a situação dos trabalhadores.
“Acima de tudo queremos concentrar esforços e dedicar todas as nossas forças, iniciativas e propostas para salvaguardar a questão dos trabalhadores”, afirma Miguel Costa, deputado do PS, acrescentando que “é preciso perspetivar o futuro porque até agora não há nenhum sinal de que a nova fábrica não seja uma realidade. O que se quer é que durante este período sejam salvaguardados, acima de tudo, os direitos e as condições de estabilidade social daqueles trabalhadores”.
No projeto de resolução, que será debatido já está semana, o Grupo Parlamentar defende a garantia de que nenhum trabalhador da Cofaco da Ilha do Pico tenha perda de rendimento e que seja assegurado o acesso a formação profissional durante o período de suspensão de atividade da conserveira.
O PS recomenda ainda que o Governo se comprometa a concluir, até ao final do mês de fevereiro, a avaliação e validação da candidatura da empresa aos apoios para a construção da nova unidade fabril e que diligencie junto da Autoridade de Gestão Nacional do MAR 2020 a apreciação célere do projeto de forma a que o arranque da obra se concretize no mais curto espaço de tempo.
Por fim, o projeto recomenda também que o Governo dos Açores diligencie junto da empresa no sentido de ser assegurado o compromisso de integração destes trabalhadores na nova unidade fabril.