1. A crise global
Os radicais só servem para destruir as instituições. Na política, os extremistas apostam no caos e nas perceções de mau funcionamento das entidades democráticas. Vivem das crises como pré-requisito para atingirem o poder. Trump iniciou o caos. Contaminou e “legitimou” movimentos e partidos fascistas cujo objetivo é matar a Democracia para instalar regimes autocráticos. Hoje, os democratas precisam manter a liberdade, a igualdade e a justiça social contra os “fariseus do templo da dignidade humana”. Vejam-se as atrocidades de Trump com a sua “Gestapo” (ICE), a perseguição às Universidades, às TV’s e à perda dos direitos sociais. Ontem, vergonhosamente, o PSD na Assembleia da República vergou-se ao Chega na purga aos direitos dos imigrantes. Os ataques soezes ao Tribunal Constitucional talvez façam os seus juízes perceberem o erro de legalizar um partido fascista. Por outro lado, o PSD está a reduzir a pó a sua matriz humanista. Bem disse Mujica: “o pior inimigo de um pobre é outro pobre que se acha rico e defende aqueles que os tornam pobres”. É por isso que os radicais apostam na divisão, no ódio, racismo e xenofobia. A receita é do nazismo e do fascismo italiano. Infelizmente, só as provações e desilusões fazem compreender o valor supremo da Democracia. Estamos numa fase obrigatória de luta intransigente contra os inimigos da Democracia. O nosso tempo parece ser um reviver da Idade Média. Pensemos nos crimes cometidos na Ucrânia e em Gaza pelos genocidas Putin e pelo “Bibi” de Israel. Representam as crises paradigmáticas onde impera a “barbárie medieval” que não poupa civis, em particular, crianças, num mundo sem lei nem grei.
2. A crise nos Açores
Perante o cenário mundial, há quem prefere relativizar a crise regional. A questão é mais complexa porquanto ninguém está imune ao alastrar de crises globais e o degradar da vida socioeconómica açoriana é por demais evidente. Como disse o Presidente do PS/Açores, Francisco César, “há um desequilíbrio orçamental estrutural superior a 200 milhões de euros e um aumento da dívida em cerca de 1 milhão de euros por dia: mais 1.315 milhões nos últimos cinco anos e meio”. Reiterou ainda os dados recentes do INE, que corrigiu o défice de 2024 de 185 para 247 milhões de euros e a dívida pública regional para 3.720 milhões, ou seja, em 6 meses mais 326 milhões. O cenário adensa-se porque a revisão da Lei de Finanças Regionais já parece uma miragem. A anteproposta de Plano 2026 é novo engano em plena campanha autárquica. Entretanto, Bolieiro e o governo estão esgotados e sem soluções para os incumprimentos com entidades e empresas. Os trabalhadores manifestam-se por ausência de respostas e de liderança política em Santana. Afinal o dito paradigma é mais a crise paradigmática…
PS: Começou a campanha autárquica. O PSD não apresenta candidatos a todos os concelhos!!! O Chega importou “imigrantes” do continente para terem candidatos. PSD e Chega puseram a Autonomia na gaveta. O PS já ganhou.