Opinião

Arrifes, o futuro nasce da terra!

Hoje tenho de puxar a brasa à minha sardinha. Desde 2021 que tenho a grande honra de ser Presidente de Junta de Freguesia dos Arrifes. Tenho, por isso, de assinalar neste espaço o dia da minha freguesia.

Da terra nascem os homens e da terra nasceu e expandiu a nossa freguesia, e hoje, tal como sempre, continua a ser da terra que, com suor e trabalho, nos posicionamos como uma das principais freguesias no que à agricultura e aos lacticínios diz respeito. Esta é a nossa marca e a riqueza deste povo.

E este foi também o sector alavanca do sector industrial, hoje significativo na freguesia e que vai para além das respostas ao sector primário. A par do crescimento industrial, o comércio e os serviços propagam nos Arrifes, dando uma nova dinâmica e dimensão a esta freguesia.

É nesse pressuposto que comemorámos no passado sábado, 10 de junho, o Dia maior da nossa freguesia, honrando a nossa população e afirmando os nossos valores comunitários.

Celebração esta que se iniciou já na sexta-feira, com a apresentação da nossa Marcha Popular, brindando não apenas os Arrifenses, bem como a todos os que nos visitaram, com elevada animação e orgulho.

Procurando promover o envolvimento de todos nestas celebrações, dedicamos espaço às mais variadas atividades para que, desde miúdos a graúdos, todos sentissem o que é pertencer a esta terra.

Não esquecemos as nossas comunidades. Gente que daqui um dia partiu, mas que a saudade, essa típica e sentida palavra, não deixa esquecer a sua terra. Através da RTP Açores, com o seu “Atlântida”, a freguesia dos Arrifes chegou a todos os Açorianos, de Santa Maria ao Corvo, e, em particular, à nossa grande diáspora.

Homenageámos os Cantadores e Tocadores dos Arrifes, gente de bem, apaixonados pela cantoria ao desafio, que, de geração em geração, têm vindo a manter viva a tradição e memória de um povo.

Porque os Arrifes são também feitos de Cultura que, a par das atividades económicas e sociais, são parte da construção da identidade de um território, pelo que devem ser sempre reconhecidas e valorizadas.

É pela nossa história e pela nossa importância enquanto comunidade, que importa reforçar o papel das freguesias, a nível local, regional, nacional ou, até mesmo internacional.

É no pressuposto dessa importância que é fundamental que o Poder Local possa agir, em articulação e parceria, quer com a sociedade civil, quer com os demais órgãos de poder. Cada uma das nossas comunidades é agente fundamental na promoção do progresso e de valores como a solidariedade e a esperança.

É por isso que não esquecemos a nossa história, nem de onde viemos.

Para sempre, Arrifes!

(Crónica escrita para Rádio)