Opinião

Sinas

O Brasil, já se sabe, tem os coronéis. Em versão português suave, nós temos os doutores. Título de nobreza, mais ou menos elástico, é característica funda dum país de respeitinho manso, de pequena nobreza arrivista, a fazer bouquet de provincianismo com pequenos bufos, em terra de pequenas inquisições, que em lume brando queimam sempre os mesmos.
A coisa parecia mais esbatida. Eis senão quando sub-repticiamente a consideraçãozinha, com reverentes pés de lã, insinua-se de novo, e não há bicho-careta, anónimo trazido a servir a deusa-cadela na espuma dos dias noticiosos, que não seja antecedido de tal distinção.
A reverência volta a bater, leve, levemente. Maltratando os manuais de estilo do jornalismo escorreito. Insinuando castas de autoridadezinha, que maltratam cidadãos.
Alguns falham nas vogais. Mas o respeitinho é consoante. Os que estão.
Tanto que, ante-tremendo de gozo, de ardência expectante, ainda haverei de ler, por plumitivo agora compreensivo, o seguinte título: “Em exposição itinerante, prossegue saga do Dr, boi-anão”…