Opinião

Mensagem de Esperança e de Confiança

Neste Natal dirijo-me às Açorianas e Açorianos que, por todas as nossas ilhas e na Diáspora, preparam-se para celebrar o nascimento de Jesus, confrontando-se com circunstâncias que mudaram as vidas de todos nós. Ao desejo de celebrar esta quadra, em família, em união e em partilha, opõem-se as exigências de nos protegermos e protegermos cada um dos nossos, desde logo, aqueles que nos são queridos.

A pandemia veio limitar a forma como nos relacionamos, como nos aproximamos e como convivemos, e é mais um obstáculo que, quer individualmente, quer como Povo, iremos ultrapassar. A nossa história coletiva está cheia de desafios que testaram a nossa capacidade de superação.

Antes, como agora, unidos seremos capazes de ultrapassar as exigências que se nos colocam, quer em termos de saúde, quer em termos de recuperação da nossa vida familiar, social, profissional e económica.

O Natal é tempo de Esperança, Paz, Compreensão e Confiança. É, também, tempo de encarar o Novo Ano com redobrado empenho, convicção e coragem. Neste Natal, esses são valores que assumem especial relevância e nos convocam para refletir e definir qual o sentido que pretendemos dar às nossas vidas e qual o futuro que pretendemos para a nossa Região.

Este foi um ano particularmente desafiante e sabemos que a situação não está de todo ultrapassada.

Devemos procurar sempre aperfeiçoar a nossa ação, quer por causa do desconhecimento em relação ao que enfrentámos, quer pela urgência em agir de forma diferente da que estávamos habituados.

É devida uma palavra de agradecimento a todos quantos, nas diferentes áreas, deram o máximo de si, foram para além dos seus deveres e limites pessoais, e até profissionais, para nos proteger, para salvaguardar a nossa saúde e responder às nossas necessidades.

Não podemos nunca ceder ao medo ou ao desespero, mas também não podemos ignorar a responsabilidade que cada um de nós tem, quer para consigo mesmo, quer para com todos os outros que nos rodeiam, porque, como tenho defendido, a proteção de todos começa com a proteção de cada um.

Este é, também, o tempo de lembrar os que partiram, mas também de celebrar os chegaram e os que nos acompanham nos momentos bons e, principalmente, nos momentos menos bons. Este é o tempo de sentir saudades dos que ficam longe, e aproveitar a presença dos que nos estão perto.

Não podemos nunca duvidar da nossa capacidade enquanto Povo e enquanto Região.

Não nos devemos amedrontar face ao desconhecido do que nos espera, nem face ao que adivinhamos que possa resultar das circunstâncias em que vivemos, em que todo o mundo vive.

É esta mensagem de Esperança e de Confiança, que mais uma vez partilho com as Açorianas e Açorianos, e com ela pretendo reiterar a minha profunda convicção de que juntos, empenhados, unidos e comprometidos com o nosso futuro individual e coletivo, seremos capazes de, em cada uma das nossas ilhas ou espalhados pelo mundo, manter os Açores seguros.

Um Santo e Feliz Natal para todos!