Opinião

A ocupação da terra tem muito de opções políticas

Valorização (ainda mais) dos produtos regionais A história é um legado vivo que demonstra em diversos cenários como a produção local de produtos alimentares fez (e faz) a diferença para responder às necessidades do povo e que se agudiza em momentos de crise, como aquela que hoje vivemos. Este é um excelente momento para valorizar (ainda mais) os produtos regionais, desde logo com a consciência e diferença que o consumo que cada um faz. Faz a diferença para uma economia sustentável no quotidiano e ao longo do tempo. Ganham os produtores e os consumidores. Faz a diferença para o combate às alterações climáticas e faz a diferença na ética ambiental, suportada em lucros com projetos ambientalmente sustentáveis e em economias no respeito pelos trabalhadores, no respeito pelos direitos humanos. O consumo de produtos locais terá de ser um desígnio de todo nós - o Governo Regional lançou há uns meses spots publicitários que incentivam ao consumo da produção regional. Que não nos falte terra para esta valorização da produção local. Que os Planos Diretores Municipais (PDM) não suguem a terra rural para a transformar em peças urbanas, com lucro imediato individual, mas sem sustentabilidade coletiva. Arrendamento em saldos O mercado de arrendamento está em saldos. De uma semana para outra “ressuscitaram” diversos apartamentos para arrendar e a preços de saldo. Não era necessária esta crise sanitária para se perceber que o Alojamento Local absorveu e inflacionou o mercado de arrendamento. A agora disponibilidade dos senhorios para contratos de arrendamento de um ano dá duas notas importantes: 1- o acreditar que para o ano voltaremos ao normal de ocupação pelos turistas e 2 - a massificação do Alojamento Local isento de política pública de distribuição massiva da sua edificação nas cidades prejudicou o arrendamento, degradou a qualidade de vida dos cidadãos residentes e a estabilidade das famílias perante um bem que é um direito constitucional.