Opinião

Onde param os partidos de direita?

Esta campanha eleitoral é à esquerda. A ausência da direita neste ato eleitoral em nada valoriza o processo democrático e prejudica a construção das escolhas, estamos com um debate e soluções políticos à esquerda. À direita, o PSD e o CDS-PP, por escolha ou por incapacidade narrativa, porque afinal “o Diabo não veio” como Passos Coelho preconizou, estão ausentes das questões essenciais para o desenvolvimento de Portugal e o presente contraria as opções que foram além da Troika. À esquerda temos um BE e um PCP que querendo apenas a “carne” das decisões governamentais, querem deixar os “ossos” para o PS, e com esta narrativa política arrasam a sua credibilidade. Vivemos uma campanha atípica , num momento de fulcral importância para Portugal. Há temas de substância que necessitam ser debatidos, que exigem soluções sérias, onde importam propostas realistas e de diferentes quadrantes, como por exemplo novas realidades laborais que na próxima década serão afetadas pela revolução das tecnologias de informação e que exigem um olhar mais cuidadoso ao nível da legislação laboral e fiscal. Mas hoje vive-se melhor em Portugal, da economia, aos serviços públicos, da saúde à inovação. É indiscutível. E o mérito é da Geringonça, com um governo do PS. Não é possível dar tudo a todos. É possível e desejável dar àqueles que necessitam com um forte escrutínio público. Na contagem decrescente para o dia 6 de outubro, com paradeiro incerto dos partidos da direita e um BE e PCP deslocados da sua narrativa habitual, é o PS que melhor se posiciona para continuar a liderar o trajeto de um Portugal mais humanista e mais inovador, elogiado dentro e fora do nosso país, mostrando que sempre houve a possibilidade de um caminho diferente em detrimento da destruição de rendimentos e da submissão dos portugueses ao fatalismo da pobreza e pequenez.