Opinião

Desafiar : 44 anos após o 25 de abril

O 25 de abril de 1974, os acontecimentos do dia, e para além do dia, é sempre motivo de reflexão da ação presente. Dos três D da revolução: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver, adite-se, para os dias de hoje, o Desafiar. Cumpridos que estão os dois D, continua a dimensão Desenvolver por concretizar - com muito feito, haverá sempre mais a fazer. Próprio das sociedades dinâmicas - e a coragem de Desafiar. É emergente Desafiar para obter resultados diferentes. Não nos intimidarmos quando e se necessário Desafiar as conquistas democráticas e autonomistas. O desafiar é, em parte, estar disponível para as consequências da Liberdade Desafiar com novas soluções. Desafiar interesses instalados, hipocritamente silenciado. Desafiar sempre sem comprometer, aquela que foi a base Democrática e de Esquerda, que o 25 de Abril nos delegou. Acredito nesses valores como impulsionadores de uma sociedade herdeira do Abril 1974, para promover a reabilitação da política enquanto regulação democrática do Estado. Os valores de Abril, neste mundo globalizado, de exigência diária e transversal, serão inatingíveis 44 anos depois? Até pode ser! Mas é ai que está a força e a coragem do desafio. O Desafio. A favor do desassossego da comodidade individual, a favor do interesse coletivo. Desafiar. É precisamente esta dimensão intangível do inatingível que desafia novas gerações de políticas, que dão sentido à governação pública com os valores de Abril. Utopia? talvez. A utopia levada à prática encerrou a Ditadura e libertou povos colonizados. Fugir à alienação umbiguista dos tempos e vontades, é Desafiar! Mas é preciso Desafiar pelo e para o interesse comum. Desafiar – segue-se uma frase gasta, mas na sua totalidade por concretizar - para fazer cumprir o 25 de Abril.