Opinião

Ainda a problemática dos CTT...

1 -CTT- Ao longo dos últimos, meses a problemática dos CTT tem estado na agenda política. A degradação da qualidade do serviço prestado, as longas filas de espera, os atrasos na entrega de correspondência, nomeadamente vales reforma, e os atrasos na entrega de encomendas, são apenas alguns exemplos dos graves constrangimentos que afetam os açorianos, mas também as empresas açorianas. Esta semana decorreu, a requerimento do GPPS, a audição parlamentar do Presidente dos CTT, Dr. Francisco Lacerda. Expus em detalhe ao Presidente dos CTT a situação crítica que se vive nos Açores e que infelizmente é transversal a todo o país! Sim a todo o país, com a agravante de que no caso da ilha Terceira, com a nova reorganização logística, nomeadamente a eliminação de postos de desalfandegamento, a situação tornou-se insustentável. Se são longos os atrasos de entrega de encomendas regionais ou nacionais, no caso das entregas internacionais, o caso atinge atrasos impensáveis, que não podem continuar e que dificilmente dizem respeito apenas a uma questão de transporte. Aliás, a própria SATA e TAP já asseguraram que disponibilizam espaço para transporte de correio e encomendas de acordo com o contratualizado com os CTT. Se este espaço contratualizado não é suficiente então os CTT devem renegociar estes contratos, ou devem encontrar outras alternativas, como referia um deputado na audição, existem várias empresas de prestação de serviço postal na Europa que dispõem de aviões para assegurar a qualidade do serviço. Da forma como está é que não pode ficar. No final da audição o Conselho de Administração demonstrou abertura para resolver estas várias questões, esperamos que, em breve, essa abertura se reflita em ações. 2-RADAR METEOROLÓGICO DE SANTA BÁRBARA-Ao longo desta legislatura, se não em todas, pelo menos em quase todas as audições com a Ministra do Mar, questionei sobre os radares meteorológicos, um problema que se arrastava há vários anos sem solução. Mas porque é tão importante termos radares meteorológicos nos Açores? Os radares meteorológicostêm uma importante função em assegurar e reforçar a vigilância das condições meteorológicas e a salvaguarda de pessoas e bens. Num arquipélago como o dos Açores que está sujeito a condições meteorológicas adversas e a fenómenos climatéricos que são cada vez mais extremos e frequentes, o detalhe com que se possam fazer as previsões meteorológicas quando estão em causa fenómenos mais graves é crucial. Ora, em novembro do ano passado, a Ministra do Mar esteve na ilha Terceira a assinar os protocolos para a instalação do radar meteorológico de Santa Bárbara, com um investimento de 1,4 milhões de euros e afirmou que este processo tem de ser "célere e feito o mais depressa possível." E por isso, na audição desta semana voltei a questionar sobre o ponto de situação da instalação do radar meteorológico de Santa Bárbara. A Ministra informou que no final do ano passado foi lançado e adjudicado o concurso para recuperaçãoda estrutura existente, pelo que se perspetiva o lançamento e adjudicação do concurso para instalação do radar, propriamente dito, em junho deste ano. A estimativa que há, salvo algum problema, é que possa ser concluído o processo em 6 meses, com um upgrade do radar face ao que lá existia anteriormente. A Ministra assegurou ainda que se mantém a perspetiva de que no próximo ano se possam iniciar os procedimentos concursais para a concretizaçãodo novo radar em São Miguel. 3 -DIA INTERNACIONAL DA MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO - Esta semana a Assembleia da República voltou a associar-se de forma solene à evocação que presta homenagem às vítimas das perseguições nazis durante a Segunda Guerra Mundial. O dia 27 de janeiro foi consagrado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como o Dia Internacional das Vítimas do Holocausto e, tendo em conta que um dos principais objetivos desta resolução é promover a educação dos jovens sobre um dos períodos mais trágicos da Humanidade preservando a sua memória histórica, foram promovidas 2 exposições dedicadas ao tema. Passaram mais de 70 anos, mas esta foi uma realidade que não podemos nunca esquecer.