Opinião

Confiança é cumprir

Confiança é cumprir os compromissos honrados. Até ao próximo dia 18 ocorrerão as reuniões camarárias da autarquia de Ponta Delgada deste mês, antes do período eleitoral. Em consenso assim foi decidido. O PS é um partido de consensos quando assume nestes mais valias e garantindo que as propostas não adulteram os seus compromissos com os cidadãos. O PS durante este mandato apresentou propostas, fiscalizou, aprovou propostas do executivo de José Manuel Bolieiro, criticou e elogiou ações, absteve-se e votou contra em propostas de orçamentos. Curiosamente as propostas estruturantes que o PS apresentou ou foram chumbadas ou adulteradas no seu conceito original. Transparência, Rigor e Propositura foram os lemas da oposição Socialista no mandato que dentro de dias terminará. O mesmo não considero ter sido o mandato de José Manuel Bolieiro. Não é uma opinião política. É um facto. José Manuel Bolieiro não cumpriu 60% do compromisso eleitoral enviado, sob o lema “Amigo”, faz hoje 4 anos, aos cidadãos. Há que cumprir e não cumprindo assumir o porque de não o fazer – ainda não recebi na minha caixa do correio a justificação. Várias vezes questionados a resposta foi sempre em tom comicieiro. Confiança é cumprir os compromissos honrados. “Amigo”, não se compromete em vão. Foram cinco o número de prioridades, podendo contabilizar cerca de 70 medidas, no meandro do palavreado redundante, supostamente, de quem tinha uma estratégia para Ponta Delgada, conhecia a dívida e o sector empresarial local. O “amigo” de 2013, que pede a “confiança” em 2017, prometeu, nas cerca de 70 medidas – se algum leitor desejar recordá-las enviarei por correio eletrónico – por exemplo: 1) Uma maior simplificação e modernização de procedimentos administrativos, criando canais de acesso instantâneo às informações junto dos serviços da autarquia. Onde se encontram os balcões municipais PDL Proximidade “para que os cidadãos possam resolver os seus problemas nas freguesias, permitindo que as pessoas possam tratar nas JF dos processos de licenciamento e de apoio social, poupando-os a deslocações e incómodos desnecessários”? Onde se encontram as “equipas de intervenção rápida, PDL Intervenção, para resolver situações”? Como se promoveu a “proximidade entre a CMPD e os cidadãos através da internet, onde se poderão registar ocorrências de problemas”? 2) Um concelho seguro, moderno e aberto, para que garanta , como porta principal de entrada nos Açores, um concelho acolhedor e com maior mobilidade. Alguma vez utilizou “uma rede municipal de bicicletas – PDL Bike, destinada exclusivamente ao uso dos munícipes, para curtos trajetos urbanos, em complementaridade com as redes transporte públicos coletivos e particulares”? Que taxista conhece “o programa PDL Welcome by Taxi”? Quando foi que se deslocou “nas pistas pedonais para caminhadas com conforto, PDL Move”? Não cumprindo, não justificando, das duas uma: ou não conhecia o concelho e os problemas da autarquia ou conhecendo-os o “amigo” afinal não foi tão amigo. “Amigo” não promete em vão. Assim não é de Confiança. Rapidamente se constata por estes reduzidos exemplos que no compromisso de 2013 leu-se muito “PDL”, mas executou-se, pouco, por Ponta Delgada. Um concelho reduzido a uma sigla. Assim foi o mandato, prestes a terminar. Um mandato que “reduziu” Ponta Delgada.