Opinião

O caminho faz-se caminhando

O nosso setor agrícola é grande parte do rosto dos Açores. É igualmente representação de uma necessidade constante de inovação e investimento, visando uma maior competitividade num mercado com características quase leoninas. Com os últimos desenvolvimentos, num cenário de desmantelamento do regime de quotas leiteiras, veio-se a exigir ainda mais aos nossos agricultores que, não obstante os muitos obstáculos com que se têm visto confrontados, têm dado verdadeiros sinais de confiança. Imagem desses sinais tem sido o bom aproveitamento feito pelos agricultores dos Açores a nível dos apoios disponibilizados no âmbito ProRural+, sendo que desde a aprovação do Programa de Desenvolvimento Rural foram aprovados 123 projetos de modernização das explorações agrícolas, representando um investimento global na ordem dos 11 milhões de euros. Mais 174 projetos estão em fase de apreciação. No domínio da transformação e comercialização, já foram aprovados e contratados 11 projetos, num total aproximado de 21 milhões de euros de investimento nas mais variadas áreas. São indicadores de que há esperança e vislumbre de um desenvolvimento positivo da Agricultura açoriana e de que os intervenientes estão dispostos a apostar no mais e melhor fazer. Há mais jovens a entrar na agricultura, com ideias inovadoras e que visam modernizar o setor, tornando-o mais competitivo e um verdadeiro polo gerador de valor, de riqueza e de emprego. Foram 25 novas instalações aprovadas, o que demonstra que o setor não está estagnado, que tende a evoluir positivamente, cada vez mais. Tudo isto tem como valioso parceiro o Governo Regional. Desde sempre os governos do Partido Socialista têm estado ao lado dos nossos agricultores, apoiando-os nas épocas mais difíceis e acompanhando-os no desenvolvimento necessário ao acompanhamento da evolução dos mercados nacional e internacional. Desde 2013, foram investidos mais de 126 milhões de euros no setor agrícola. Beneficiaram-se as explorações agrícolas com obras de abastecimento de águas, requalificação de caminhos rurais e eletrificações. Foi possibilitada a formação de mais de 3000 agricultores. Apoiou-se os lavradores no combate às chamadas “doenças da produção”, sendo fomentadas e incentivadas, neste domínio, as relações com as associações agrícolas e o empenho dos produtores. Neste âmbito, também foram aumentadas as dotações financeiras destinadas ao melhoramento e sanidade animal, contribuindo, desta forma, para a capacidade exportadora da Região e para o aumento do rendimento dos produtores de carne e leite, bem como dos criadores. Caminhamos de forma segura para um equilíbrio estável no setor. Tem sido essa a aposta do Governo Regional. Reconhecendo sempre a necessidade de um contínuo investimento num setor que não pode nem deve cair na estagnação se se quer manter em linha com o que se faz “lá fora”. Porque aqui sabemos fazer bem, com o objetivo de vingar num mercado extremamente competitivo. Porque confiamos na capacidade inovadora da nossa Agricultura e na qualidade dos nossos produtos. Há ainda um longo caminho a percorrer. Só o podemos fazer confiando nas nossas capacidades, investindo nelas e na melhoria das nossas infraestruturas. É isso que os Governos do Partido Socialista têm feito. Quem disser o contrário (e em época eleitoral é o que não falta) precisa seriamente de se sentar a estudar o (muito) que até agora foi feito.