Opinião

A Nova Escola das Capelas

Nos últimos cinco meses gerou-se uma polémica em torno da construção da nova Escola Básica Integrada das Capelas. A Região Autónoma dos Açores está a entrar na última fase de grandes investimentos na rede de escolas do ensino público. Estes investimentos tiveram duas vertentes complementares. Por um lado, a ampliação da rede de estabelecimentos de ensino através da construção de escolas totalmente novas de raiz, ajustando a rede escolar a novas realidades demográficas e a modernas exigências de um ensino público de qualidade. Por outro, realizando avultados investimentos de recuperação de unidades mais antigas que já faziam parte da rede escolar. Muitas dessas reabilitações foram realizadas em edifícios escolares construídos pelos governos do PSD, na segunda metade dos 80 do Século passado – os projetos de arquitetura dessas infraestruturas foram adaptados de escolas do norte da Europa e revelaram-se desadequados à realidade dos Açores. A argumentação política não pode ser centrada exclusivamente na recriminação e na culpabilização do passado. É um erro insistir nesse caminho. Basta ver o insucesso de partidos como o PSD que seguem permanentemente essa via. Na área da educação todos os governos procuraram fazer o melhor que podiam face às circunstâncias que enfrentaram. Todavia, a verdade que ninguém refere, quando se discute o investimento na rede escolar pública regional, é que se não tivesse sido necessário recuperar tantas escolas antigas teriam sido poupados centenas de milhões de euros e a rede escolar já estaria concluída há muito. Chegou a hora das Capelas terem uma nova EBI. Um edifício que será completamente novo e irreconhecível, apesar de aproveitar elementos estruturais da atual escola, e que corresponderá aos mais altos padrões de qualidade e que solucionará todos os problemas que foram apontados pela comunidade escolar nos últimos meses. O Governo soube ouvir as pessoas e tomou a decisão política correta, baseada numa solução técnica sólida que poupa vários milhões de euros. É mais um compromisso que o Governo cumpre e que atesta o rigor que é colocado na utilização de dinheiros públicos.