Opinião

São pessoas, não são números

Os mais recentes números referentes à taxa de desemprego na Região trouxeram a lume, novamente, as habituais respostas dos partidos da oposição, sem novidade rigorosamente nenhuma. Para eles, está sempre tudo mal. Não se vê deles um discurso equilibrado, não se vê intenções nenhumas de dar esperança aos açorianos de que as coisas podem (e estão a!) melhorar. Há trabalho feito! A estratégia de combate ao desemprego na Região tem surtido efeitos positivos! Custa assim tanto admiti-lo? A taxa de desemprego nos Açores diminuiu 0,3% face ao trimestre anterior e 2% face ao trimestre homólogo, o que significa que continuou a verificar-se criação líquida de emprego, de um ponto de vista ou de outro. Foram mais de 2.000 pessoas que encontraram emprego desde o mesmo período de 2013 a esta parte. São açorianos, são famílias. São pais, filhos. São pessoas que merecem todo o esforço que tem sido desenvolvido pelo Governo Regional no combate ao desemprego. As notícias podiam ser mais animadoras se os Açores não continuassem a ter a taxa de desemprego mais elevada do país. Mas não podemos deixar que tal dado ofusque o facto de que, ao contrário do que clamam por aí os habituais arautos da desgraça, a Região tem criado, efetivamente, postos de trabalho, e de forma contínua. Temos mais pessoas a trabalhar, temos uma economia a crescer. Quer-se melhor? Pois é claro que se quer. Ao menos da parte do Partido Socialista, quer-se sempre mais e melhor, pelos açorianos e pelas suas famílias. É para isso que trabalhamos. Infelizmente, nem todos pensam assim, preferindo carpir por aquilo que ainda não conseguimos ultrapassar, fazendo disso bandeira, não reconhecendo os bons resultados e relegando para a desimportância os milhares de açorianos desempregados que também batalharam contra o desemprego e venceram. Perdoem-me a dureza das palavras. Mas o discurso puramente derrotista e desrespeitador é algo que me revolta porque não traz nada de bom. Não traz esperança a quem ainda não encontrou emprego e não dá alento a quem todos os dias trabalha para que todos os açorianos possam ter uma vida condigna. E pior, não traz nenhuma solução. Quando alguém diz que o Governo Regional só se limita a apresentar “programas”, dizendo que a estratégia para combater o desemprego não tem sido eficiente, eu questiono-me se se lembram que essas palavras têm repercussões nos açorianos e nas suas famílias e que, dessa forma, não plantam qualquer semente de esperança. Os “programas” implementados pelo Governo Regional são reflexo de trabalho, de um contínuo dar a mão às famílias dos Açores. Merecem muito mais do que a zombaria a que os sujeitam alguns senhores. E têm dado resultados, que essas palavras de mau intuito não podem nem conseguem esconder. Sejamos equilibrados. Temos que reconhecer o que está bem e o que está mal e não criar mais alarmismos junto daqueles que ainda não conseguiram dar a volta ao desemprego. Os açorianos têm que saber que o Governo Regional trabalha com afinco todos os dias pela melhoria da sua qualidade de vida. Os açorianos têm que saber que há mais do que políticos a salivar por notícias que lhes destruam a expectativa de derrubarem obstáculos. Mais do que isso. Os açorianos precisam de saber que há quem, na política, olha para eles como muito mais que uma mera taxa. Há quem os veja como as famílias, como os jovens, como as crianças, como os idosos, como as pessoas que são. Não como números que se ajeitam para a notícia pessimista de ocasião.