Opinião

A Propósito de Propostas de Alteração, supostamente não aceites

A propósito do debate do Plano e Orçamento para 2013 e das propostas de alteração que foram apresentadas pelos vários partidos, tenho lido e ouvido algumas afirmações que não correspondem à verdade e que são apresentadas de forma deturpada. O Partido Socialista esteve no debate, como sempre, com humildade, de peito aberto e disponível para o diálogo e para acolher boas ideias e boas propostas de todos os partidos. Assim fizemos, aceitámos e aprovámos propostas de todos os partidos, quer no Plano, quer no Orçamento da Região para o ano de 2013. Os tempos são difíceis. Exigem grande responsabilidade de todos. Os tempos não se coadunam com demagogias baratas ou com discursos facilitistas. Portanto, espera-se que todos encarem este tipo de debates com seriedade e que não apresentem propostas mal fundamentadas e tecnicamente inviáveis, sabendo de antemão que terão de ser chumbadas, para que depois se faça um número mediático sobre o suposto “CHUMBO da maioria socialista”. Como poderíamos aprovar propostas que prevêm retirar da dotação previsional do orçamento 13,3 Milhões de euros, quando nessa dotação previsional estão 6 Milhões de euros? Como poderíamos aprovar propostas que prevêem retirar dinheiro em investimentos já a decorrer e já contratualizados com os empreiteiros? Aliás, não deixa de ser curioso que quem anda sempre a dizer que o Governo tem de pagar aos fornecedores e garantir, desta forma, a viabilidade das empresas, faça uma proposta deste tipo que implicaria, precisamente, o não pagamento atempado aos fornecedores. Como poderíamos aprovar propostas que são de uma injustiça social tremenda, onde mantendo os diferenciais fiscais, e tratando-se o IRS de um imposto progressivo, quem ganhava mais por ano, tinha uma redução de impostos muito superior a quem ganha menos? Jamais poderíamos aprovar isto porque não aceitamos este tipo de visão de tirar mais a quem menos ganha. Isto só ficaria bem num filme de Robin dos Bosques ao contrário, onde se tira aos pobres para dar aos ricos. Nós recusamos esta postura da direita conservadora. Como se pode dizer que chumbámos uma proposta que reforçava o valor do apoio à tripolaridade da Universidade dos Açores, quando sendo as propostas apreciadas por ordem de entrada na mesa, segundos antes, aprovámos uma proposta igual, de outro partido, que reforça essa valor? Enfim…Cá estamos e cá estaremos sempre para um debate político sério e que se concentre em desenvolver a nossa Terra e em apoiar os nossos concidadãos. Quem não quiser contribuir para isso e preferir apoiar a sua acção na demagogia e na artimanha procedimental em busca de números mediáticos fáceis, ficará a falar sozinho.