Opinião

Revolução Ambiental

Todos nós já percebemos que, nas mais variadas interpretações o Ambiente é um factor preponderante nas nossas vidas e que, acima de tudo, importa preservar. É neste sentido que reconheço o papel fundamental que a Secretaria Regional do Ambiente e Mar tem desempenhado na preservação do ambiente dos Açores e, mais concretamente, da ilha do Faial. Exemplo de todo esse esforço é o Parque Natural da nossa ilha que, com a sua recente distinção como destino turístico português de excelência e com a sua candidatura ao prémio europeu ÉDEN (European Destinations of Excellence), demonstram claramente que o trabalho desenvolvido é um enorme sucesso e que todos os faialenses e todos os açoreanos se devem orgulhar. Aproveitaria para endereçar uma palavra de apreço para todos aqueles que fazem parte integrante do Parque Natural. Falo, obviamente, daqueles que garantem o bom funcionamento deste, assim como, do seu Director. Num cenário de incremento na utilização das energias renováveis, não poderia deixar de referenciar o novo parque eólico do Faial. Este terá uma maior produção de energia e representa um investimento que, a meu ver, terá um grande retorno para a nossa ilha tanto a nível económico como ambiental. Este projecto nasce da conjunção entre as características ambientais da Região, que propiciam este tipo de aproveitamento, e da iniciativa dos responsáveis pelo Ambiente nos Açores. É mais uma oportunidade não desperdiçada. Com a criação de programas como o eco-freguesias, envolvemos as pessoas e damos significado e importância ao poder local, criando dinâmicas de participação e parceria, promovendo o meio-ambiente e potenciando o encaminhamento de resíduos, na lógica do reaproveitamento. Se fosse um acto isolado, estaríamos perante uma política de desresponsabilização, mas não foi esta a postura. Ao mesmo tempo que apelou às forças vivas, a Secretaria do Ambiente envolveu-se no mais arrojado plano ambiental jamais feito no arquipélago. Em todas as ilhas estão a ser construídos ou ultimados os projectos para a criação de uma rede de Centros de Processamento de Resíduos. Quando entrarem em funcionamento, na maioria das ilhas já não ficará qualquer resíduo que não seja reutilizável no local. No mar, os problemas enfrentam-se com tenacidade, lutando contra a alga invasora Caulerpa webbiana. Este organismo, caso saia do Porto da Horta e se alastre pelo restante arquipélago, pode colocar em causa o bom funcionamento dos ecossistemas costeiros dos Açores. É bom verificar que, em permanência, há mergulhadores do Instituto do Mar, apoiados pela Secretaria do Ambiente e do Mar, a tentar limitar esta invasão. É uma autêntica revolução ambiental positiva e tem como base a ilha do Faial!