Opinião

CAO’S E CAOS

Olá, bom dia Olá, boa noite No passado domingo, Carlos César procedeu ao lançamento da primeira pedra do futuro CAO (Centro de Actividades Ocupacionais) da cidade da Ribeira Grande, o qual vai ser construído através da Santa Casa da Misericórdia local e que constituirá uma importante resposta social para meia centena de cidadãos portadores de deficiência grave. Graças à governação socialista, os açorianos já podem contar com dezassete centros ocupacionais espalhados Região e ainda com outros serviços destinados às pessoas portadoras de deficiência e necessidades especiais, nos quais se incluem unidades de reabilitação, centros de atendimento, residências adaptadas e unidades de vida apoiada e protegida que beneficiam cerca de seiscentas pessoas. É de registar a preocupação do Presidente do Governo no sentido de que nesses centros de actividades ocupacionais sejam elaborados planos individuais para cada pessoa que é acolhida e que enquadrem a sua inclusão social e profissional, nas suas múltiplas componentes. Carlos César afirmou na altura que “este plano socioeducativo individualizado para a qualidade de vida da pessoa com deficiência deve abranger também a utilização das novas tecnologias de comunicação e dimensões como o desporto, turismo social, subsistência após a morte dos cuidadores directos e acessibilidade aos serviços públicos”. Como atrás referido, o Presidente do Governo veio, uma vez mais, alertar todos os intervenientes nos processos de acompanhamento e apoio social para o facto de “o apoio imprescindível às pessoas com deficiência não se esgotar na criação de equipamentos e novas valências”. Há que apostar na qualidade dos cuidados prestados através de uma atitude proactiva que não poderá se cingir à necessária realização de seminários, workshops e reuniões. Há que levar a cabo um trabalho directo e em rede junto daqueles que são a razão da existência das instituições e dos técnicos que nela prestam serviço. Nunca será demais realçar que os utentes são o centro à roda do qual deve girar actividade das instituições e de quantos nelas encontram uma oportunidade de realização pessoal e profissional e uma fonte de rendimento. César deu uma pedrada no charco ao denunciar uma certa comunicação social sempre pronta na busca de “casos” mediáticos - que felizmente constituem a excepção e a omitir ou não relevar os enormes sucessos alcançados durante anos, numa área de extrema importância para a vida dos mais desprotegidos. É sempre muito fácil encontrar um caso de pobreza, uma habitação degradada ou sem uma instalação sanitária condigna, um descontente com os apoios sociais recebidos ou uma queixa resultante da inveja social proveniente do julgamento das necessidades dos outros. Isso dá audiência, isso vende jornais… Por incrível que possa parecer, até já há quem use o nome de uma jornalista ou de uma estação televisiva para tentar pressionar as entidades, como se constituísse um factor de decisão o tamanho da letra na primeira página de um jornal. É inquestionável o papel da comunicação social na denúncia de situações que merecem ser do conhecimento público e no alertar dos responsáveis políticos mas, cabe-lhe também a missão de dar a conhecer e estimular as acções positivas levadas a efeito pelos mais diversos intervenientes. Como seria de esperar, enquanto o Governo avança na concretização de uma importante obra na Ribeira Grande, no dia seguinte, Berta Cabral vai ao Pico da Pedra em visita à Casa do Povo, pela mão do velho companheiro Cardoso Jorge, para tentar minimizar o excelente trabalho na área social levado a cabo por Carlos César. O governo constrói CAO’s e o PSD fica no caos! Até para a semana!