O deputado do PS/Açores eleito pelo Pico, Mário Tomé, denunciou hoje que ao longo de 2025, têm-se repetido situações que comprometem a fiabilidade da ligação aérea entre Lisboa e o Pico, fundamental para a mobilidade dos residentes, para a continuidade territorial e para o desenvolvimento económico da ilha, com impacto direto na vida das famílias e na atividade das empresas locais.
Mário Tomé alertou que “os picoenses continuam a ser confrontados com constrangimentos que não podem ser normalizados”, sublinhando que “quem vive numa ilha não pode viajar com a incerteza de saber se a sua bagagem ou a carga necessária à atividade económica vai chegar ao destino”.
Para o socialista, a limitação da pista do Aeroporto do Pico continua a condicionar, de forma recorrente, a ligação aérea da ilha ao exterior, com impactos diretos na mobilidade dos residentes, no funcionamento das empresas e na atividade turística, situação que o PS/Açores considera inaceitável e que exige respostas concretas.
“Não estamos a falar de episódios pontuais, mas de um problema estrutural conhecido há anos, que continua por resolver e que penaliza sistematicamente a ilha do Pico”. Para o parlamentar socialista, “enquanto a limitação da pista não for encarada com seriedade, os picoenses continuarão a viajar com incerteza e a economia local continuará a ser prejudicada”.
Nesse sentido, o Grupo Parlamentar do PS/Açores apresentou um requerimento ao Governo Regional a solicitar dados estatísticos sobre a operação aérea da rota Lisboa–Pico durante o ano de 2025, incluindo informação sobre voos realizados e situações de retenção de bagagem de porão e de carga paga associadas a limitações operacionais do Aeroporto do Pico.
“A transparência é essencial para que se avancem, finalmente, com medidas que garantam previsibilidade, respeito pelos passageiros e igualdade no acesso ao transporte aéreo”, sublinhou.
Mário Tomé reafirmou o compromisso do PS/Açores com a defesa da continuidade territorial e com a necessidade de assegurar condições de mobilidade aérea dignas para quem vive e trabalha no Pico, considerando que esta é uma questão de justiça territorial e de desenvolvimento da ilha.
Lajes do Pico, 17 de dezembro de 2025