O Partido Socialista dos Açores questionou o Governo Regional sobre a ausência da ilha Terceira no reforço da operação aérea anunciado pela Azores Airlines para a época de Natal e Ano Novo, medida que acrescenta cerca de 5.000 lugares para os Açores, mas que não contempla ligações diretas adicionais entre Lisboa/Porto e aquela ilha.
O deputado Luís Vieira Leal considera “incompreensível e injustificável” que a Terceira seja excluída “num dos períodos do ano de maior mobilidade de passageiros, sobretudo estudantes e famílias deslocadas que dependem destas viagens para regressar à ilha durante a quadra festiva”.
Segundo o socialista, a indisponibilidade de voos diretos, incluindo datas já esgotadas no final de dezembro, “mostra que existia procura suficiente para justificar reforço de oferta” e levanta dúvidas sobre os critérios que sustentaram a decisão da companhia aérea.
“Não está em causa o reforço para as restantes ilhas, mas sim perceber com que critérios a Terceira ficou de fora, quando existe procura evidente e quando há milhares de terceirenses fora da ilha que planeiam regressar durante o período festivo”, afirma Luís Vieira Leal.
O parlamentar considera essencial esclarecer se o Governo Regional, responsável pela tutela da SATA, teve conhecimento prévio da decisão e quais os fundamentos que levaram à exclusão da Terceira da programação adicional.
“Pretendemos transparência. Se há reforços para umas ilhas e não para outras, queremos saber porquê, com base em que dados e se houve diálogo com a tutela e com os agentes do setor”, acrescenta.
O PS/Açores quer saber quais as razões para a ausência da Terceira neste reforço e se a SATA está disponível para aumentar imediatamente o número de lugares nas ligações diretas com Lisboa e Porto durante o período festivo, pelo que entregaram um requerimento na Assembleia Legislativa Regional a questionar o Governo nesse sentido.
Angra do Heroísmo, 21 de novembro de 2025