Requalificação da Escola do Fisher na Lagoa não pode continuar esquecida, afirma PS/Açores

PS Açores - Há 6 horas

A deputada do Partido Socialista dos Açores, Cristina Calisto, alertou hoje, para a necessidade urgente de avançar com a requalificação da Escola Padre João José de Amaral – sede da EBI Lagoa, conhecida como Escola do Fisher – defendendo que a atual situação “não pode continuar a pôr em causa a dignidade e a igualdade de oportunidades” dos alunos.

Segundo a parlamentar socialista, a degradação do edifício tem afetado o normal funcionamento das atividades letivas, comprometendo o bem-estar da comunidade escolar. “Os alunos e profissionais merecem condições dignas. Não podem continuar em instalações que já não respondem às exigências de um ensino de qualidade”, afirma.

Após uma visita pelos deputados socialistas às instalações daquele estabelecimento de ensino, Cristina Calisto recordou que este processo se arrasta há demasiado tempo e denunciou “a total falta de compromisso e incapacidade de execução” por parte do Governo Regional.

“Têm existido promessas sucessivas, mas não se verifica qualquer avanço concreto, nem um calendário claro para a intervenção”, criticou, lembrando o compromisso do Executivo açoriano de que a obra seria financiada por fundos europeus e que o concurso público para a elaboração do projeto de execução das novas instalações foi lançado a 21 de agosto de 2023 pela Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, com um preço base de 350 mil euros e um prazo de execução de seis meses.

“Esse prazo, já largamente ultrapassado, deveria ter permitido que o projeto estivesse concluído há quase dois anos. No entanto, apenas é conhecido o anteprojeto de arquitetura, apresentado em outubro de 2024, à comunidade escolar e à Câmara Municipal da Lagoa. Desde então, nenhum avanço foi comunicado, para grande surpresa de toda a comunidade escolar”, acrescentou.

Cristina Calisto disse ainda que “a situação se torna ainda mais incompreensível quando, apesar do compromisso assumido com o projetista, os três últimos Planos e Orçamentos Regionais apenas inscreveram verbas simbólicas destinadas ao projeto da escola e para 2026 estão previstos apenas 105 mil euros, montantes muito inferiores aos valores contratualizados, manifestamente insuficientes e reveladores de que não há avanços significativos neste processo”.

“Depois de sucessivas promessas e de anúncios públicos, a verdade é que a obra da Escola Padre João José de Amaral continua por iniciar, sem projeto final conhecido, sem financiamento real e sem cronograma de execução. A população da Lagoa e a comunidade educativa exigem respostas claras, prazos concretos e a reposição de uma política educativa que coloque verdadeiramente os alunos em primeiro lugar”, concluiu a deputada.

 

Lagoa, 05 de novembro de 2025