Francisco César exige respostas do Governo da República sobre futuro financeiro dos Açores

PS Açores - Há 14 horas

O líder do PS/Açores e deputado à Assembleia da República, Francisco César, exigiu esta quinta-feira respostas concretas do Primeiro-Ministro sobre os impactos das decisões do Governo, ou da falta delas, na vida dos açorianos.

Francisco César, que intervinha no âmbito do debate do Estado da Nação, criticou a ausência de propostas do Governo da República para o futuro da Região, frisando que os açorianos “têm direito a respostas concretas” sobre matérias essenciais como o reforço da solidariedade financeira do Estado ou o eventual apoio à dívida pública regional.

“Bem sei que gosta de responder às minhas perguntas sobre os Açores com resultados eleitorais passados, mas os açorianos querem saber o que vai o seu Governo fazer agora e no futuro”, apontou Francisco César.

O deputado socialista elencou os principais problemas da Região, sublinhando que são responsabilidade direta do Governo Regional da coligação PSD, CDS e PPM, apoiado pelo Chega: o agravamento da pobreza, a elevada taxa de abandono escolar precoce, a fraca execução dos fundos comunitários, o colapso dos transportes marítimos, as dificuldades da SATA e a dramática situação das finanças públicas regionais.

“Não lhe pergunto sobre nenhum destes problemas, porque são responsabilidade do Governo Regional da AD, que está no poder há cinco anos. Faço-lhe apenas duas perguntas, na esperança de que, desta vez, me responda diretamente sobre os Açores”, afirmou.

Nesse sentido, questionou o Primeiro-Ministro quanto à disponibilidade para “o Governo da República assumir, parcialmente, a dívida pública dos Açores”, perguntando ainda, no âmbito da revisão da Lei de Finanças Regionais, “quanto espera que cada região possa ver reforçada a solidariedade financeira do Estado”.

O líder do PS/Açores concluiu reafirmando que o futuro da Região não pode continuar a ser comprometido pela inação e falta de ambição, exigindo que o Governo da República responda com clareza e responsabilidade ao que está verdadeiramente em causa: a sustentabilidade das finanças públicas regionais e a qualidade de vida das açorianas e açorianos.