Candidaturas do PS existem para servir as comunidades e não os interesses partidários regionais

PS Açores - 23 de julho, 2021

“O critério e a medida das candidaturas autárquicas do Partido Socialista são os interesses das comunidades que elas visam servir”, assegurou, esta quinta-feira, o Presidente do PS/Açores, salientando, por outro lado, que nas candidaturas dos partidos da coligação o interesse é o de “procurar uma legitimidade do voto que não tem” e o de “transpor para a realidade autárquica aquilo que já acontece a nível regional”.

Salientando a importância das eleições autárquicas, Vasco Cordeiro considerou que face àquele que é o desgoverno da governação regional, os Açorianos “olham para os municípios e para as freguesias como uma das poucas instituições que lhes pode valer, traçando uma política segura, coerente, que não tenha de estar sujeita aos humores e aos interesses dos partidos que as compõem”.

Mas para o Socialista, que intervinha na apresentação da candidatura autárquica do PS à Câmara Municipal de Vila do Porto, estamos atualmente confrontados com uma situação que se caracteriza, desde logo, pelo descalabro na governação regional, em que “a instabilidade que durante alguns meses foi latente, está agora à vista de todos”, não sendo esta, na sua opinião, a forma de “governar uma Região e de dar segurança aos Açorianos, à economia e à capacidade que nós temos de ultrapassar esta situação”.

Referindo, por outro lado, o assalto à administração regional, Vasco Cordeiro deu nota de ser este o maior governo de sempre da história da Autonomia, e que, a cada dia crescem os cargos de nomeação política, matéria que não se resolveu nem nos gabinetes, nem nas orgânicas, e na qual, em apenas uma das secretarias regionais há um aumento de 60% nos cargos de nomeação política.

Mas para o Socialista o atual momento é ainda caracterizado pelo sentimento de impunidade deste governo que acha que tudo é justificável e que pode fazer tudo, referindo ser um mau exemplo para “a Autonomia e para a Democracia”.

“Ainda recentemente um dos partidos que apoia, e que é essencial para garantir a maioria do governo regional, dividiu-se, e acham normal que se receba o líder desse partido de extrema-direita no Palácio de Santana, dando cobertura institucional àquilo que é um assunto claramente de foro partidário”, afirma Vasco Cordeiro, repudiando ainda acharem normal “transformarem-se em porta-vozes e arautos do Representante da República”.

Mas para Vasco Cordeiro, o Representante da República não se pode “esconder atrás do Presidente do governo regional, transformando-o num moço de recados”, porque quem fez depender a indigitação deste governo de maioria de um deputado foi o próprio Representante da República, sendo por isso que o Socialista considera não poder agora “ficar nem quieto, nem calado, quando há uma alteração substancial desse equilíbrio parlamentar”.

Ainda perante a falta de rumo deste governo, o líder dos Socialistas deu como exemplo a questão dos radares meteorológicos, manifestando o seu espanto com a informação de que se encontra em aberto a localização para a sua instalação, nomeadamente o de São Miguel, matéria na qual admite ter ficado concluída com o anterior Executivo, da responsabilidade do Partido Socialista, atuando na defesa dos interesses dos Açores. Vasco Cordeiro receia que com esta reabertura se ceda na defesa dos interesses dos Açores face àquelas que são as pretensões do Instituto do Mar e da Atmosfera.

“A localização preferida para o radar meteorológico de São Miguel era numa zona de Reserva Ecológica Regional”, proposta que o anterior governo rejeitou, optando por uma outra opção que, apesar de implicar mais custos para o Governo da República, “era a solução que defendia os interesses da Região, nomeadamente a proteção da nossa reserva ecológica regional”, referiu o líder Socialista, admitindo ainda que a decisão vai ser a de construir “exatamente onde ele foi recusado pelo anterior governo do PS, exatamente no meio da Reserva Ecológica Regional dos Açores”.

Ainda na ocasião, e apresentando aos Marienses um projeto autárquico cujas qualidades tornam e comprovam a Bárbara Chaves “não só como a melhor candidata a Presidente da Câmara Municipal, como, seguramente, uma das melhores Presidentes de Câmara Municipal dos Açores”, Vasco Cordeiro assegurou que a candidata tem “o conhecimento, a experiência, a visão de futuro, a capacidade de liderança e a ambição para Santa Maria, não só para colocar o concelho e a ilha num outro patamar de desenvolvimento, mas, sobretudo, para fazê-lo com uma liderança segura, com um rumo certo e firme, e com um sentido de serviço à ilha que é característico dela”.

Assim, e para as eleições autárquicas de 26 de setembro, o PS apresenta uma equipa e uma liderança, com visão de futuro, para que “Santa Maria possa trilhar um caminho cada vez mais de desenvolvimento, de progresso, galgando etapas em termos daquilo que é a qualificação, a criação de riqueza e a criação de emprego”.