A Assembleia Municipal de Ponta Delgada aprovou, esta quinta-feira, dois votos de protesto relativos à inação e passividade do executivo liderado por José Manuel Bolieiro. O primeiro, relativo à ausência de funcionamento do Conselho Municipal de Juventude, foi aprovado com os votos favoráveis do grupo municipal do PS, da representação municipal do Bloco de Esquerda, e a abstenção de um deputado municipal do PSD e da representação do grupo de cidadãos por Santa Clara. Neste voto, apresentado pelo deputado municipal Vilson Gomes, a Assembleia Municipal critica a inação do Conselho Municipal de Juventude e refere com preocupação a “forma como a Câmara Municipal relega os jovens do concelho ao esquecimento, ao não os incluir na definição das políticas municipais, mais concretamente, no que respeita ao Orçamento e Plano de Atividades Municipais.” “Realçamos que o Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de Ponta Delgada está desatualizado e não reflete as alterações introduzidas pela Lei n.º 6/2012, de 10 de fevereiro, que atualizou o regime jurídico destes órgãos.  Ou seja, o Regulamento do Conselho Municipal de Juventude de Ponta Delgada está há mais de 6 anos remetido ao esquecimento”, pode ler-se no documento aprovado pela Assembleia Municipal. Outro voto de protesto, aprovado pelo grupo municipal do PS e pela representação municipal do BE, e a abstenção da representação do grupo de cidadãos por Santa Clara, diz respeito à incúria manifestada pela autarquia aquando da realização na nossa cidade do 44º Congresso da APAVT.  A Assembleia Municipal entende, com a aprovação deste voto, que “a edilidade não honrou os compromissos e as responsabilidades que tem para com os seus munícipes em matéria de desenvolvimento social e económico”, razão que merece o reparo da Assembleia Municipal para quem “a Câmara Municipal tem de aprender a distinguir na sua gestão diária o acessório do essencial, o ocasional e conjuntural do estrutural, o que é realmente importante para a vida das pessoas, da mera esperteza da noticiazinha de consumo paroquial”.