O Partido Socialista da Ribeira Grande questionou o Presidente da Autarquia sobre o compromisso da Câmara Municipal para combater a Pobreza e a Exclusão Social no Concelho. Fernando Sousa considera preocupante que Alexandre Gaudêncio só se tenha pronunciado sobre a Estratégia Regional, esta quarta-feira, na reunião do Conselho de Ilha de São Miguel com o Governo dos Açores. Para o vereador socialista o desinteresse, em reduzir a pobreza na Ribeira Grande, já tinha ficado demonstrado com o Orçamento da autarquia, para 2019, que vai ter uma redução nas funções sociais.
Questionado pelos vereadores do PS da Ribeira Grande, esta quinta-feira na reunião de Câmara, Alexandre Gaudêncio “admitiu que a Autarquia não se pronunciou diretamente sobre o Plano Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, que esteve em consulta pública, reconhecendo, agora, que o devia ter feito”.
Para o Partido Socialista a resposta dada pelo presidente da Câmara – “preferiu delegar essa responsabilidade na Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA)” – não tem qualquer lógica, uma vez que a AMRAA só se foi pronunciar numa fase posterior do processo e não, quando as propostas estavam disponíveis para receber contributos de todos.
“É lamentável que alguém que vem para a praça pública dizer que está preocupado com este fenómeno, não tenha feito nada, não tenha apresentado soluções durante os dois meses em que o Plano esteve em discussão pública, como fizeram outros autarcas”, acrescenta, referindo-se às Câmaras Municipais de Ponta Delgada e de Angra do Heroísmo, por exemplo.
O PS da Ribeira Grande condena a falta de empenho de Alexandre Gaudêncio no Combate à Pobreza e lamenta o desinteresse demonstrado: “Para além de não se ter pronunciado sobre uma matéria tão importante para a Ribeira Grande, Gaudêncio não se preocupou em saber que medidas estavam contempladas no Plano em relação ao Concelho e também não deu qualquer contributo para resolver este problema”.
O Partido Socialista Concelhio já tinha alertado para “o desinvestimento que vai acontecer com o Orçamento da Câmara Municipal para 2019 nas respostas sociais, o que revela claramente a falta de aposta do autarca na melhoria das condições de vida dos Ribeiragrandenses, principalmente daqueles que estão numa situação mais frágil”.