“O Governo dos Açores sempre disse que, entre aquilo que são os interesses dos Açores e aquilo que são os interesses particulares de uma companhia aérea – mesmo que pública – irá sempre escolher os interesses dos Açores e dos Açorianos” afirmou Francisco César esta quinta-feira, em sessão plenária. O deputado salientou, porém, que “isso não quer dizer que o Governo dos Açores não apoie a SATA, naquele que deve ser o seu papel”, o de proporcionar serviço público. Francisco César lamentou a atitude da oposição que critica o Governo dos Açores “por dar instruções a uma companhia aérea que é pública, mesmo assumindo e enquadrando quais os propósitos destas ingerências”, mas depois “nunca puseram a mão na consciência”, recordando que ainda há pouco tempo “chegaram a esta câmara e pediram que fossem feitos ACMI’s interilhas, os quais poderiam custar à empresa mais de 3,3 milhões de euros em 4 meses”. Sobre a situação atual da empresa, o deputado do Grupo Parlamentar do PS/Açores explicou que “todos nós sabemos as dificuldades que a empresa teve, com greves, com incidentes em aeronaves e com aviões que estavam já em fim de vida”, mas quis deixar claro que o Governo dos Açores e o Partido Socialista não estará quieto: “iremos trabalhar para continuar a reestruturar a empresa. Estamos a aumentar os seus fundos através de um aumento de capital, estamos a promover um processo de reestruturação e estamos a garantir que a alienação de 49% da empresa da SATA Internacional irá permitir novas capacidades, novas competências e uma capacidade de concorrer naquele que é o mercado dos Açores, do Continente e da diáspora”, concluiu.