A sustentabilidade da dívida pública dos Açores e o investimento na coesão e desenvolvimento da Região, foram dois dos factos realçados pelo deputado Carlos Silva, do Grupo Parlamentar do PS/Açores, esta quarta-feira, durante o debate sobre o relatório do Tribunal de Contas relativo ao ano de 2016.
“A dívida pública dos Açores é sustentável e não compromete o futuro dos Açorianos”, afirmou Carlos Silva, acrescentando que “o investimento público realizado foi de 370 Milhões de Euros e esse investimento é importante para assegurar a coesão regional, para reduzir a desigualdade e para promover o desenvolvimento dos Açores”.
Para além da correção que o próprio Tribunal de Contas fez em relação aos valores que tinha adiantado para a dívida pública - que é “sustentável” e “representa um terço da dívida nacional, da média europeia” -, Carlos Silva considera que “os indicadores apresentados demonstram que a economia está a crescer e que em 2016 cresceu acima da média nacional”.
A bancada socialista rejeitou as declarações de alguns deputados da oposição, lembrando que foi o próprio Tribunal, no relatório sobre as contas de 2017, que confirmou que “o Governo dos Açores já acatou e está a cumprir a maior parte das recomendações do Tribunal de Contas”.
Durante o debate, Carlos Silva salientou, também, que “a catástrofe” prevista em 2016, “não se concretizou” e recordou as palavras do economista João César, em entrevista publicada em junho deste ano: “Os Açores provaram ao longo da sua história que sobrevivem. Apesar de muita gente dizer que não tem solução, que isto está horrível, o facto é que os Açores têm a sua vida e estão hoje melhor do que alguma vez estiveram”.
Realçou ainda que a repetição do debate demonstra que para o PS “não há qualquer problema em discutir em conta, elas são transparentes, o assunto é discutido de forma aberta e, desta vez, sem desrespeitar o trabalho parlamentar na Comissão de Economia, como foi feito pelo PSD no passado”. Aliás, nos trabalhos em Comissão o PS demonstrou mais uma vez a sua postura democrática ao aprovar as audições propostas, para garantir que se discutem os assuntos “sem qualquer tabu”.