André Bradford convida Câmara do Comércio e sindicatos a desenvolver parceria contra a precariedade laboral

PS Açores - 8 de junho, 2018
“Há condições, uma vez que vivemos um contexto de retoma económica, para que se coloque o acento tónico na garantia do emprego, na segurança e tranquilidade de quem trabalha e, também, na remuneração justa a quem trabalha”, defendeu André Bradford, no encontro com a Direção da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores, que voltou recentemente a ser assumida pela estrutura de São Miguel. “Encontrámos da parte da Câmara do Comércio recetividade”, confirmou o líder do Grupo Parlamentar do PS/Açores, à saída da reunião realizada esta quinta-feira. “Julgamos que a Câmara do Comércio, da mesma maneira que tem na sua agenda as questões da fiscalidade, as questões das acessibilidades, dos transportes marítimos e dos transportes aéreos, deve ter na sua agenda a questão da precariedade laboral”. André Bradford defende que a própria Parceria criada entre a Câmara do Comércio e a UGT (União Geral dos Trabalhadores), que esta semana promovem (em conjunto com a Federação Agrícola dos Açores), um Fórum Económico e Social pode ser uma mais-valia para dar “prioridade” às questões “da qualidade do emprego”, até na sequência “do desafio lançado pelo Senhor Presidente do Governo dos Açores no dia da Região”. Reconhecendo que há pontos de vista diferentes – “percebemos as diferenças de quem tem de gerir a empresa e de quem vê de fora, e está preocupado com a vida das pessoas, e com as condições de vida das pessoas” -, André Bradford considera que é essencial, “que quem trabalha de forma empenhada, quem produz, quem assegura os seus deveres quando trabalha, não pode ser pobre, não pode, não deve ter dificuldades para pagar as suas despesas e para dar aos seus filhos aquilo que eles merecem”. Para o PS/Açores a questão é transversal, mas tem sido mais evidente no setor do turismo: “O setor do turismo tem crescido exponencialmente. Nos últimos quatro anos passamos de 40 milhões de volume global de negócio para 90 milhões”. Nesse sentido, o líder da bancada socialista defende que “quem trabalha nesse setor tem de ser remunerado de forma justa, de forma digna e de forma que se adeque aquilo que é solicitado às pessoas”. Para além dos representantes dos empresários, o Grupo Parlamentar do PS/Açores vai reunir com as estruturas sindicais para transmitir as mesmas preocupações e encontrar pontos de convergência